Quem acha o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) deficiente, pode esperar por dias bem piores. A previsão nada animadora é do presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, Marcelo Brito. Em entrevista ao programa Acorda Cidade, na manhã desta quinta-feira (17), ele disse que as cotas das unidades de saúde conveniadas podem ser reduzidas por falta de recursos.
A afirmação de Marcelo Brito é embasada em dados do próprio Ministério da Saúde. Ele contou que em recente encontro com o ministro José Gomes Temporão, ele antecipou que no final do ano haverá dificuldades, porque tem um furo no orçamento do ministério de R$ 2,5 bilhões. “Isso quer dizer que provavelmente vai faltar recurso para os estados e os municípios e como consequência mais dificuldades no atendimento”.
Notícias Relacionadas
Escolha saudável
Gordura de origem vegetal ou animal: qual merece mais espaço no cardápio?
Um novo estudo chega para comprovar o elo entre o excesso de gordura saturada e um maior risco de sofrer com males cardiovasculares.
Alerta
Falhas no diagnóstico respondem por 16% dos danos graves a pacientes
Estima-se que cerca de 5% dos atendimentos em ambulatório não recebam um diagnóstico correto, o que impacta todo o tratamento.
Saúde
Mulheres já infectadas podem se beneficiar da vacina contra HPV
Vacina é capaz de reduzir chances de recidiva em quem já trata lesões.
Suporte
Sesab marca presença no ‘Canta Bahia’, em Feira de Santana, com atendimento de urgências e emergências
A Sesab montou a equipe com profissionais assistenciais, incluindo médicos, enfermeiro, técnicos, assistente social e condutor da ambulância.
Caso isso aconteça, na avaliação de Marcelo Brito a redução das cotas das unidades de saúde será inevitável. Ele admitiu que a situação é difícil, porque no momento em que esgotam as vagas destinadas para cada hospital ou clínica, o atendimento é suspenso. Tanto que já foi solicitado o aumento dessas cotas à prefeitura. “O município também está com dificuldades de orçamento”, informou.
“Quando acaba a cota nas unidades conveniadas, o paciente tem que esperar o dia 1ºdo mês subseqüente ou procurar as unidades públicas, que não tem limite ”, explicou Marcelo Brito. Segundo ele, foi exatamente isso que aconteceu no Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO): a suspensão de todo o atendimento do SUS e não somente o serviço de fisioterapia, como foi denunciado.
