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Poucos sabem, mas o dia 12 de outubro é marcado mundialmente como o dia de conscientização da artrite reumatoide (AR), doença inflamatória crônica que atinge principalmente as articulações e, se não tratada adequadamente, pode progredir e causar sequelas graves aos pacientes. A AR é uma doença autoimune, sem causas conhecidas pela ciência e prevalente entre mulheres.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), pelo menos 1% da população brasileira é afetada pela artrite reumatoide¹, que acomete principalmente pessoas entre os 50 e 70 anos de idade. Entre os grupos de risco destacam-se os tabagistas, pessoas obesas, com desequilíbrios hormonais ou predisposição genética. O diagnóstico precoce é fundamental para o controle dos sintomas e evitar a progressão da doença.
A médica Reumatologista e presidente da Sociedade Baiana de Reumatologia (SOBARE), Liliana Galrão, alerta para a importância do atendimento médico aos primeiros sinais. “Os pacientes chegam aos consultórios e se queixam de dor e inchaço em articulações como punhos, mãos, tornozelos e pés, associado à rigidez articular ao acordar, que só melhora no decorrer do dia. A história da doença e o exame físico na primeira consulta são importantes aliados para o diagnóstico”, afirma a especialista. “Caso não seja tratada adequadamente de imediato, a artrite reumatoide pode evoluir para a incapacidade funcional das articulações”.
O paciente com AR deve ser submetido ao tratamento contínuo com medicação imunossupressora ou imunobiológica, pois a doença ainda não tem cura, mas pode ser controlada. Cada caso deve ser avaliado exclusivamente para que seja definida a melhor opção e isso dependerá de resposta terapêutica individual.
A especialista explica ainda que tanto a evolução quanto o controle da artrite reumatoide dependem de outros fatores importantes. “Os resultados dependem de cada organismo, pois trata-se de um desarranjo imunológico, mas o estado emocional do paciente impacta no quadro da doença. Os medicamentos certos aliados à fisioterapia, acompanhamento psicológico e a prática de atividade física, desde que a AR esteja controlada, ajudam e muito a melhorar a qualidade de vida, transformam a autoestima e colaboram para a integração social”, conclui.