Atualizada em: 17h36
Enfrentando dificuldades financeiras para continuar custeando o tratamento da filha de 5 anos, Maria Vitória Rodrigues Jordão, que nasceu com cardiopatia congênita e atresia pulmonar, a dona de casa Sandra Rodrigues da Silva Jordão fez mais um apelo à comunidade feirense na quinta-feira (12).
No dia 24 de abril deste ano, o Acorda Cidade já havia divulgado a história da garotinha, que em razão de complicações sofridas durante cirurgias, sofreu vários Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) isquêmicos, passou a tomar anticoagulantes, e por esse motivo teve também AVCs hemorrágicos. Naquele período, Maria Vitória havia deixado o hospital e necessitava de uma cadeira de rodas adaptada e equipamentos que a ajudassem a sustentar o tronco.
Foto: Arquivo Pessoal
A menina tem alcançado progressos em seu estado de saúde e coordenação motora, mas ainda necessita tomar o anticoagulante, que é aplicado duas vezes ao dia, diariamente. A medicação custa em torno de R$ 400 nas farmácias, no entanto a família não tem condições financeiras de arcar com mais essa despesa.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Maria Vitória está fazendo uso do medicamento desde o dia 22 de fevereiro. Ela fez a última cirurgia, passaram alguns dias, a médica suspendeu essa medicação, e ela ficou usando o Marevan. Como houve a complicação, que ela evoluiu com AVC hemorrágico, então suspenderam o uso do Marevan, porém como ela não pode ficar sem uso nenhum de anticoagulante, voltou a fazer uso do Clexane, porque só assim para a gente poder vir para casa. O hospital cedeu uma quantidade para 30 dias até sair o resultado do pedido que foi feito na Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). No dia 5 de maio, a gente teve a negativa da Sesab e fomos ao Ministério Público (MP), demos entrada e na quarta a gente teve o retorno do órgão informando que não seria possível esse processo por via municipal, nem estadual”, lamentou a mãe de Maria Vitória.
Ainda de acordo com Sandra Jordão, a alegação do MP é que essa medicação só pode ser concedida para grávidas que tenham risco de tromboembolismo, e no caso de Maria Vitória, não é concedido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela informou que também já havia entrado em contato com a Secretaria de Saúde, através da assistente social do hospital onde a menina estava internada, mas foi informada que não poderia receber o medicamento, a não por ser via judicial.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Quando minha filha nasceu, descobrimos que ela tinha algo no coração, mas não sabíamos o que. Após quatro dias, a gente teve o diagnóstico dela. Ela não conseguia respirar e ficava toda roxinha, era a questão da saturação. A Maria Vitória ficou hospitalizada desde então, foi transferida com 12 dias de vida para a cirurgia, e então com 26 dias de vida ela passou pela primeira cirurgia. No total, ela já passou por três cirurgias. Após a última cirurgia, ela deixou o hospital no dia 13 de abril. O maior desafio agora está sendo a questão da medicação, porque ela não pode ficar sem essa medicação, para não perder o tubo que foi colocado no coração, e se ficar sem medicação, sem esse anticoagulante, corre o risco desse tubo entupir”, alertou a dona de casa.
Sandra Jordão disse ainda que a caixa do medicamento só vem com 10 doses, o que dura somente 5 dias. Como custa R$ 401, ela teria que desembolsar por mês cerca de R$ 3 mil.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Estamos torcendo para que Ministério Público da União forneça, porque é a única forma de a gente manter esse tratamento dela. Essa medicação é feita via cutânea, então eu aplico nela na barriguinha duas vezes ao dia. E o benefício do INSS de Maria Vitória foi suspenso desde setembro de 2021, estamos aguardando um retorno, pois está em análise. O nome do medicamento é Clexane de 20mg. Se alguém quiser nos ajudar nos procure”, solicitou.
O PIX para ajudar a família com o tratamento de Maria Vitória é o 75.988902781.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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