Saúde

Apneia do sono: cirurgião bucomaxilofacial orienta sobre os tratamentos que devem ser feitos contra doença

Além de comprometer a qualidade do sono, provoca ronco.

Apneia do Sono
Foto: Freepik/Rawpixel.com

Também chamada de apneia noturna, a apneia do sono é um distúrbio que faz com que a respiração durante o sono seja excessivamente superficial ou ocorra parada completa da respiração por alguns segundos ou minutos.

Diante disso, a apneia acaba comprometendo a qualidade do sono, que leva ao despertar com a sensação de não ter descansado o suficiente, além de provocar ronco, prejudicando quem dorme junto ou próximo.

A reportagem do Acorda Cidade conversou com Thiago Leite, cirurgião bucomaxilofacial, que explicou como os primeiros sinais da doença são identificados.

Dr. Thiago Leite
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Quem primeiro relata este acontecimento, é o parceiro do paciente, que dorme com o paciente e reclama pois está roncando bastante. Normalmente este paciente procura o acompanhamento profissional, e a partir daí, é iniciada toda a investigação, a exemplo da polissonografia, o exame que o paciente precisa dormir na clínica. Neste exame, nós conseguimos identifica se o paciente tem insônia, se ele tem movimento das pernas, se ele se movimenta bastante durante o sono. Esta é uma doença comum, pois a cada dia que passa, os hábitos de vida têm piorado bastante, então os pacientes apresentam quadros de obesidade, volume de gordura na região cervical, pacientes que possuem o queixo mais para trás e isso acorre mais no público masculino do que no feminino”, alertou.

Segundo o especialista, a apneia do sono é uma doença crônica que pode provocar muitos problemas ao paciente.

“A apneia obstrutiva do sono é uma doença crônica que leva muitos problemas para o paciente, como irritabilidade, aumento da pressão arterial, aumento do risco de diabetes, aumento do risco de desenvolver morte súbita, e quando se trata de pacientes com câncer de mama, elas precisam ter uma boa qualidade de sono, para se recuperarem daquela patologia mais importante que está passando”, explicou.

Tratamentos

Ao Acorda Cidade, o cirurgião informou que existem dois tipos de tratamento, o clínico cirúrgico.

“Existem tratamentos clínicos e tratamentos cirúrgicos. Então inicialmente eu destaco um tratamento que o próprio paciente faz, que é não dormir de barriga para cima, dormir de lado, pois isso faz com que a língua do paciente não relaxe tanto e não vá para a região posterior, obstruindo a via aérea. O segundo passo é desenvolver hábitos saudáveis, como fazer atividade física, reduzir o consumo de alimentos hipercalóricos para diminuir o quadro de obesidade. Em alguns pacientes, nós colocamos o aparelho intra-oral, ele vai elevar a mandíbula para frente, desobstruindo a via aérea deste paciente. Um outro tratamento também não cirúrgico e muito indicado, é o uso do Cpap, um aparelho que utiliza para dormir, ele vai jogar o oxigênio sobre alta pressão para que o paciente durma durante o sono. Bom destacar que estes dois mecanismos não fazem o efeito de curar, mas existe a cirurgia que o resultado é definitivo, é uma cirurgia ortognática onde realiza-se o avanço da mandíbula, isso cura definitivamente, porém aqueles pacientes com câncer de mama ou outro tipo de situação, a cirurgia não é muito adequada. É necessário finalizar o primeiro tratamento, no caso, o tratamento oncológico e iniciar o tratamento da apneia”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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