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Agência Brasil – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (7) um comunicado esclarecendo que vacinas contra a covid-19 não podem ser consideradas terapias genéticas (ou gênicas, como também são chamadas).
“As vacinas que empregam em sua tecnologia o código genético do vírus Sars-Cov-2 (vírus da covid-19) não são produtos de terapia gênica porque não se utilizam de cópias de genes humanos para tratamentos de doenças”, diz a nota da agência.
O informe foi divulgado para desmentir informações falsas que circulam na internet. A desinformação sobre a pandemia está presente no Brasil e em outros países e já foi classificada por órgãos internacionais como a Organização Mundial de Saúde como “infodemia”.
Ainda conforme o texto, a terapia genética é um medicamento especial com ácido nucleico recombinante “com o objetivo de regular, reparar, substituir, adicionar ou deletar uma sequência genética e/ou modificar a expressão de um gene humano, com vistas a resultados terapêuticos”.
A nota da Anvisa explica que a terapia genética utiliza genes de seres humanos, e não de vírus, que são manipulados em laboratório com o objetivo de servir para o tratamento de doenças.
Já as vacinas contra a covid-19 que utilizam RNA mensageiro, como a da Pfizer, utilizam o código genético do vírus, e não de seres humanos, para induzir que os corpos das pessoas produzam uma resposta imunológica.
“A terapia gênica, no sentido clássico, envolve promover alterações deliberadas no material genético das células humanas a fim de tratar ou curar pacientes. As vacinas elaboradas a partir de código genético do vírus da covid-19 são usadas em processos de imunização de pessoas saudáveis e não para o tratamento de alterações genéticas ou de doenças relacionadas, por isso não podem ser consideradas terapias gênicas”, coloca a nota.
O comunicado da Anvisa destaca que tanto no caso das terapias genéticas quanto dos produtos para tratamento da covid-19, como vacinas, são seguidos critérios rígidos de segurança e eficácia.