Anestesistas voltam ao trabalho

Na reunião realizada hoje (20), ficou decidido que será criado um serviço de consulta pré-anestésica como o que já existe nos convênios particulares.

Depois de uma reunião que durou quase três horas entre o prefeito Tarcizio Pimenta, o secretário de saúde Rafael Cordeiro, o vereador Getúlio Barbosa,da Comissão de Saúde da Câmara Municipal e um grupo de médicos anestesistas, a categoria, que está em greve há 45 dias decidiu que vai voltar ao trabalho a partir desta quarta-feira.

Foto: Ney Silva

O prefeito está aguardando uma resposta do TCM-Tribunal de Contas dos Municipios e de órgãos federais como a CGU-Controladoria Geral da União para saber se poderá ou não remunerar os 17 anestesistas que trabalham para o Sus-Sistema único de Saúde em Feira de Santana.

Eles inicialmente vinham propondo ao governo que complementasse os plantões repassando R$ 80 mil reais para ser dividido entre os médicos alegando que o valor pago pelo Sus nos procedimentos é irrisório. Depois de várias rodadas de negociação, esse valor baixou para R$ 50 mil e o governo chegou a oferecer R$ 30 mil. Não houve acordo.

Na reunião realizada hoje (20), ficou decidido que será criado um serviço de consulta pré-anestésica como o que já existe nos convênios particulares. Mas a grande dúvida é se a Prefeitura Municipal poderá remunerar de forma legal esse novo serviço. Foi por essa razão que o prefeito fez as consultas aos órgãos federais e ao TCM.

Foto: Ney Silva

O médico Benedito Macedo Gonçalves que representou um dos grupos de anestesistas disse que além da remuneração os profissionais também querem uma melhoria nas condições de trabalho. “ Queremos atender melhor a população. Vamos aguardar a formatação legal pelo prefeito desse novo serviço”, afirmou. Segundo o médico, pelo que ficou acordado na reunião, a Prefeitura vai pagar os anestesistas pelo serviço pré-anéstesico da mesma forma como fazem os planos de saúde. Ao fazer uma avaliação do movimento paredista, Benedito Macedo informou que durante o período de greve 1.200 cirurgias deixaram de ser realizadas.

O prefeito Tarcizio Pimenta disse que o entendimento era que se trabalhasse visando melhorar a assistência a comunidade. “ Nessa compreensão é que a reunião foi produtiva e chegamos a um acordo”, afirmou. Ele destacou a participação do vereador Getúlio Barbosa nas negociações na condição de representante da Câmara Municipal.

 

Foto: Ney Silva

A médica Iracema Brandão presidente da Associação dos Hospitais e Clínicas de Feira de Santana afirmou que o prefeito foi sensível ao atender as reivindicações principalmente ao estabelecer a consulta pré-anestésica. “ Isso nos dá a segurança para que a gente possa avançar. A reunião foi bastante proveitosa”, afirmou.

Iracema disse ainda que a consulta pré-anestésica vai proporcionar mais segurança de trabalho e agora a Prefeitura pode discutir esse serviço que dará aos médicos um retorno econômico.

Ney Silva

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