Acorda Cidade
A chegada das estações mais frias e as alterações climáticas decorrentes do período têm deixado as pessoas ainda mais apreensivas neste momento dramático de pandemia, em relação às doenças e infecções respiratórias, como a Covid-19, gripe e resfriado. De acordo com o especialista em medicina de emergência do Hospital Francisca de Sande, do Sistema Hapvida, Rodrigo Matos, essas patologias podem apresentar um conjunto de sintomas muito semelhantes, mas é preciso saber diferenciar uma da outra. “Todas elas são capazes de causar febre, cansaço e tosse seca, mas existe uma síndrome gripal que observamos ser bem comum em todas essas ocorrências, o que confunde ainda mais as enfermidades", explica Matos.
A falta de ar não é comum no quadro de gripe e resfriado, mas aparece de forma mais frequente na contaminação pelo coronavírus. A diarreia, por sua vez, é rara nas três doenças, mas costuma acometer algumas crianças durante a gripe. Segundo o especialista, a dor de garganta também não difere uma patologia da outra, mas é bastante comum no resfriado, já a tosse seca é mais recorrente em casos de infecção pela influenza e o vírus da Covid-19.
As pessoas que sofrem com rinite ou asma tendem a piorar durante as estações mais frias. “A queda da temperatura pode causar uma descompensação do quadro viral, por isso é tão importante a prevenção, como tomar uma vacina para diminuir a possibilidade de contágio pelo vírus da gripe e manter o controle dos quadros crônicos de via respiratória”, alerta o profissional, que acredita nas medidas comportamentais e higiênicas como fatores determinantes na luta contra o coronavírus e também para evitar a gripe.
Em meio à pandemia, é importante lembrar que hábitos simples do dia a dia podem ajudar a evitar infecções respiratórias, além de contribuir para o fortalecimento do sistema imune, tanto das crianças, quanto dos adultos. Dentre eles podemos destacar: manter uma alimentação saudável e o corpo hidratado, evitar o tabagismo, consumo de álcool e alimentos processados, fazer atividades físicas com regularidade. Conforme o Rodrigo, mesmo diante do contexto pandêmico as pessoas não podem deixar de se exercitar, uma vez que esse é um fator essencial para o reforço da imunidade. “Um sistema eficiente, certamente vai poder combater infecções oportunistas de forma mais efetiva”, relata.
Adotar ações higiênicas, como lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e máscaras, não reduz apenas a transmissão do coronavírus, mas também de outros vírus responsáveis pelas síndromes gripais e resfriados, principalmente durante o tempo frio, onde as pessoas costumam ficar em ambientes mais fechados, o que propicia a disseminação do contágio dessas enfermidades. Segundo o especialista, a população precisa reforçar urgentemente essas medidas, porque além de ajudar no quadro pandêmico, também influencia na transmissão da influenza.