Outubro Rosa

Alimentação adequada contribui para o tratamento de pacientes com câncer, diz nutricionista

Márcia frisou que uma alimentação balanceada constitui-se no consumo consciente e proporcional de acordo com cada paciente.

Maylla Nunes

O mês de outubro marcado pelas ações da campanha Outubro Rosa”, de conscientização e prevenção ao diagnóstico precoce do câncer de mama, destaca a importância dos cuidados com a saúde da mulher, da realização de exames e também a importância de uma alimentação equilibrada, principalmente para aquelas que estão em tratamento da doença. A nutricionista Márcia Araújo, em entrevista ao Acorda Cidade deu dicas de como a nutrição ajuda no bem estar dos pacientes e evita o agravamento de sintomas. De acordo com ela, é primordial trabalhar com foco na prevenção.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“As pessoas precisam de um cuidado especial. Seja um paciente com câncer, ou não. A gente geralmente costuma trabalhar com prevenção. É o cuidado com alimentação, saúde, atividade física. Isso vai favorecer para que possamos evitar que surjam esses sinais e sintomas agravados pelo câncer. Estamos falando em Outubro Rosa e vale ressaltar que a abordagem maior é em câncer de mama. Abordamos de forma geral a nutrição oncológica. Deve ser uma alimentação balanceada, pobre em gorduras, pobre em excesso de açúcares e evitar alimentos que vão favorecer o desconforto gástrico do paciente. Quando a gente fala de câncer, falamos de que a alimentação não é uma receita de bolo. Cada paciente tem uma sintomatologia diferente do outro. É um cuidado, é uma caixinha de surpresas de cada paciente e a gente salienta os alimentos que devem ser ingeridos”, contou.

Ainda segundo Márcia, outros fatores que devem ser levados em consideração são a digestão e a absorção dos nutrientes.

“Existe o tempo do alimento. A gente aborda que o paciente não deve se alimentar em menos de duas horas, mas existem pacientes que não toleram, que querem alimentar-se antes ou depois do período correto. Devem ser principalmente frutas, legumes, oleaginosas, fibras, que vão ajudar no processo de gestão e absorção. Todo paciente com quimio, radioterapia, hormonioterapia, tem a não aceitação de alguns alimentos. Por isso, salientamos que alimentos quentes são pouco toleráveis, então, preferimos dar o alimento gelado ou congelado para que ele tenha uma boa aceitação. A gente precisa ter esse cuidado também com alimentos cítricos, que vão ser melhor toleráveis para esses pacientes”, explicou.

Márcia frisou que uma alimentação balanceada constitui-se no consumo consciente e proporcional de acordo com cada paciente.

“A refeição precisa ser moderada, contendo todos os nutrientes necessários. Carboidratos, lipídios, proteínas. Lipídios são gorduras de alto valor biológico nos quais a gente orienta obter gorduras de origem vegetal. Carboidratos são todas as massas. É importante? Sim. Mas de forma moderada e dando prioridade aos integrais. Pão, macarrão, biscoito, farinha, todos esses são carboidratos. O excesso de carboidratos é transformado em açúcar e depois em gordura. É isso que as pessoas não entendem. O excesso de carboidrato vai ser transformado em gordura posteriormente e vai interferir no processo de absorção e favorecer o acúmulo de gordura circulante no sangue, por isso que é necessário a quantidade ideal de cada nutriente”, finalizou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
 

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