Saúde

Além de coração, Bahia também não realiza transplantes de pulmão e pâncreas

Na Bahia, segundo Eraldo, o procedimento deve retornar no próximo mês. Já o transplante de pulmão é avaliado para retornar em 2024.

Foto: Sesab
Foto: Sesab

Mesmo tendo equipes, instrumentos e até programas, o Estado da Bahia não tem em sua lista de procedimentos ofertados alguns dos transplantes de órgãos. Pacientes que precisam realizar um transplante de pulmão, pâncreas e coração, precisam ser transferidos para outras unidades federativas. O transplante de pulmão e coração até foi iniciado na rede estadual de saúde baiana, em 2015, no Hospital Ana Nery, mas parou de ser ofertado desde 2018. Já o de pâncreas nunca foi ofertado na Bahia.

De acordo com o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, a suspensão dos transplantes de coração e pulmão se deu por decisão do hospital que realizava o procedimento e foi acatada por conta do baixo volume de pacientes que necessitavam do serviço.

“A unidade hospitalar que fazia o transplante fez opção em parar e a gente desde então a gente tem como não tem um volume tão grande de paciente, então a gente fez estratégias, essa opção de aguardar e organizar serviço para voltar a funcionar”, disse.

O procedimento que é utilizado para auxiliar no tratamento de pacientes e mantê-los vivos e saudáveis, passou a ser mais discutido entre a população, após o apresentador Fausto Silva anunciar que precisaria de um transplante de coração, por conta de uma insuficiência cardíaca. Na Bahia, segundo Eraldo, o procedimento deve retornar no próximo mês, no Hospital Ana Nery. Já o transplante de pulmão é avaliado para retornar em 2024.

“O cardíaco que foi suspenso há dois anos está reativando agora. Nossa meta é reativar ele já em setembro. Já o transplante de pulmão a programação é que no próximo ano a gente avalie a reativação desse programa. A gente já fez em 2016 e 2017, mas parou só que a gente quer ativar também”, observa.

Segundo Moura, o transplante de pâncreas não é ofertado na Bahia, por causa da baixa quantidade de pacientes que necessitam do serviço.

“São muito poucos pacientes. É um transplante que tem uma quantidade muito pequena de pacientes que precisam de um pâncreas. Para o nosso momento agora não temos essa demanda. Quando tem algum paciente é um paciente que também não tem urgência nenhuma”, enfatiza.

TRATAMENTO A DISTÂNCIA

Os pacientes que esperam na fila para receber alguns transplante de coração, pulmão ou pâncreas têm sido encaminhados para outras unidades federativas do país. Porém somente quando não há compatibilidade dentro dos moradores daquele respectivo estado, o órgão é disponibilizado para pacientes de fora.

Cada estado possui listas de transplantes e os pacientes que esperam na fila possuem prioridade quando o órgão está disponível em seu estado. A fila segue critérios como ordem cronológica, estado de saúde de cada paciente, entre outros. De acordo com Eraldo, os pacientes são tratados através do Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

“O TFD é realizado não só por transplante, mas para qualquer situação de saúde em que o estado não tem aquele aquele tratamento. Então quando o estado não dispõe do tratamento ele encaminha para outra Federação. Nesse processo de ir para um outro estado o paciente vai sendo custeado pelo Estado de origem, no caso nosso a Bahia”, relatou.

O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes informou que os pacientes baianos com necessidade de transplante são encaminhados para o Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

“Nossos pacientes são encaminhados para outros outras unidades, para São Paulo, Ceará têm transplante de pulmão e o Rio de Janeiro que começou agora também”, completou.

Fonte: Bahia Notícias, parceiro do Acorda Cidade

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