Saúde

Agência Transfusional do HEC oferece assistência especializada em anemia falciforme

O HEC mantém um ambulatório de atendimento para crianças com doença falciforme, onde realiza as transfusões ambulatoriais das crianças acompanhadas pelo Serviço.

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Diagnosticado como portador da doença falciforme, também conhecida como anemia falciforme logo no exame do pezinho, poucos dias após nascer, E.C.S., 5 anos precisava viajar 108 quilômetros uma vez por mês para fazer o tratamento em Salvador, até passar a ser atendido no Hospital Estadual da Criança (HEC) há oito meses.
 
A enfermidade genética e hereditária que acomete, predominantemente, afro-descendente é caracterizada por fortes dores nos ossos, fadiga intensa, palidez, icterícia (olhos e pele amarelados) e risco de acidente vascular cerebral AVC.
 
Este risco pode ser identificado através do exame doppler transcraniano realizado a partir dos 2 anos de idade.
 
“O tratamento do meu filho começou quando ele tinha apenas três meses. A viagem para a capital era muito sofrida. Quando ele começou a ser atendido no HEC tudo mudou para melhor”, relata a mãe do paciente, Mauriza Costa da Silva.
 
Assistência especializada

A cada 650 crianças nascidas vivas na Bahia, uma tem anemia falciforme. Com esses números, o estado ocupa a maior posição em incidência da doença no Brasil. Por isso, a assistência especializada oferecida pela equipe multidisciplinar do HEC é tão importante para a população de Feira e cidades circunvizinhas.

 
O HEC mantém um ambulatório de atendimento para crianças com doença falciforme, onde realiza as transfusões ambulatoriais das crianças acompanhadas pelo Serviço.
 
Atendimentos – De 1° de agosto de 2010 até o final de novembro de 2013, cerca de 187 portadores de anemia falciforme foram atendidos no Hospital Estadual da Criança. Deste total, uma média de 80 pacientes fizeram uso de transfusão sanguínea.
 
Mensalmente, cerca de 15 pacientes dão entrada no HEC por conta de emergências hematológicas/complicações da anemia falciforme e sete encontram-se em regime de transfusão programada mensal, ou seja, comparecem mensalmente à unidade para realizar transfusão sanguínea.
 
De acordo com a hematologista Isa Lyra, coordenadora da agência transfusional do HEC estes pacientes são os que apresentam complicações da anemia falciforme tais como: sequestro esplênico, alteração no Doppler e AVC.
 
Doações

Visando reforçar o volume de doações de sangue, principalmente devido à proximidade das festas de final de ano, o HEC, em parceria com a Unidade de Coleta da Hemoba, no Hospital Geral Clériston Andrade convida a comunidade em geral para a Campanha de Doação Voluntária, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

 
A enfermeira da Agência Transfusional, Renata Costa ressalta a importância da fidelização destes doadores, pois as crianças portadoras de anemia falciforme fazem uso regular da transfusão, com objetivo de melhorar a sobrevida e algumas complicações relacionadas à doença.
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