Acompanhamento ginecológico é fundamental em todas as etapas da vida 

Zelar pela saúde é fundamental para garantir uma vida de bem-estar, e quando abordamos os cuidados com a saúde da mulher, a menopausa é um assunto de grande relevância. Este estágio marca o encerramento do período reprodutivo feminino e requer atenção para manter uma rotina saudável.

Ao Acorda Cidade, a ginecologista Manuella Boaventura explicou que a menopausa é um marco da última menstruação da mulher, que acontece geralmente por volta dos 45 e 55 anos, por isso é fundamental que nesse período da vida elas se alertem para os sintomas o quanto antes, na pretensão de diminuir esses efeitos negativos e aumentar a qualidade da vida nesta etapa. 

“Ondas de calor, ressecamento vaginal, diminuição de libido, irritabilidade, insônia, alterações de humor que podem levar ao aumento da incidência dos sintomas de depressão nessa fase. Depois que ela entra na menopausa, a mulher tem uma janela de oportunidades que varia de 10 anos do marco da última menstruação, que o quanto antes a gente introduzir essas mudanças no estilo de vida dessa paciente ela vai ter uma melhora desses sintomas, mais benefícios e vão diminuir os riscos associados à introdução das medicações”, explicou ao Acorda Cidade. 

A ginecologista esclareceu diversos mitos que são gerados em torno desse período. Um deles é a afirmação de que a mulher só chega à menopausa após os 50 anos, sendo que já é comprovado que isso ocorre precocemente; o mito de que a terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer de mama, e aquele que faz as pacientes terem a leve impressão de que só tem o tratamento para menopausa com medicação hormonal.

“São alguns mitos que acabam atrapalhando a procura da paciente pelo atendimento médico por medo, fazendo com que ela não tenha o benefício do tratamento, sendo também há outras possibilidades”, colocou. Para pacientes que têm câncer de mama não é recomendado tratamento hormonal, são administrados outros tipos de abordagem não hormonal.

Infecções vaginais e urinárias são comuns, principalmente no calor do verão. Por isso, Manuella dá algumas dicas para evitar o incômodo. 

“Não usar roupa muito apertada, usar calcinha de algodão que ajuda ventilar a região íntima, não usar protetores diários, sempre que for à praia não permanecer por muito tempo com roupas úmidas”, indicou.