Saúde

'É preciso que as pessoas se conscientizem que a Covid está em nosso meio', alerta infectologista

Melissa Falcão informou que o Brasil vive uma quarta onda da doença.

Foto: Divulgação/Sesab
Foto: Divulgação/Sesab

O estado da Bahia voltou ficar em alerta para o aumento dos casos de Covid-19, principalmente, após os festejos de São João.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), mais de 8 mil casos, encontram-se ativos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a médica infectologista, Melissa Falcão, informou que o Brasil vive uma quarta onda da doença, e salientou, o descaso que a população está tendo.

Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Estamos vivenciando uma quarta onda de Covid, e isso não começou com o São João, já vemos essa tendência desde a primeira semana de junho, com o aumento dos casos positivos e vai ser intensificado com essas festas juninas, muita gente junta, aglomerada, pessoas gripadas, a falta de cuidado das pessoas em relação a testagens, isolamento, quando tem sintomas. Então muitas vezes a gente vê as pessoas brincarem e dizerem, ‘pra quê que eu vou testar? Se eu testar vou ter que me isolar, vou perder minha festa de São João, vou perder o aniversário da minha amiga, vou perder a minha festa’. É preciso que as pessoas se conscientizem de que o Covid é uma realidade, continua no nosso meio, mesmo aquelas pessoas vacinadas, podem adquirir a infecção pelo Covid, e transmissão prévia não impede que se contamine novamente, o que muda é a gravidade. Os cuidados precisam continuar em quem está vacinado, e quem não está vacinado, em relação ao contágio”, explicou.

Segundo a infectologista, as pessoas não devem considerar o resfriado, como uma simples gripe ou rinite.

“Vimos em fevereiro um maior número de casos de Covid na cidade, e não houve uma repercussão tão grande nos serviços de saúde, uma coisa que estamos vendo agora. As pessoas que estão vacinadas têm um quadro às vezes apenas como uma rinite, com uma tosse, então vemos muitas pessoas dizerem ‘estou com a rinite atacada’. Não deve se pensar que é uma rinite sem fazer um teste de Covid, eu posso ter um Covid leve e passar despercebido, acabar transmitindo para minha avó que está em casa, aquelas pessoas idosas. Então temos que voltar a nos preocupar com aquele contato com os idosos se tivermos sintomas respiratórios. Não precisa fazer igual ao início da pandemia, que ficava todo mundo trancado dentro de casa, a restrição do movimento, e ter medo de encontrar com nossos idosos, mas o cuidado com eles deve ser sempre, não apenas em relação ao Covid, mas em relação a qualquer vírus respiratório. Não queremos que eles adoeçam”, salientou.

Questionada sobre o aumento de casos na cidade, Melissa Falcão informou à reportagem do Acorda Cidade, que não há necessidade neste momento, em abrir novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

“Eu acredito que não vamos chegar nesta situação, pelo menos com essa variante que está circulando até o momento, porque tivemos um caso semelhante no início do ano, e não houve essa necessidade. Mas lógico que caso seja necessário, seja percebido o aumento dos casos graves, o aumento de internação, o município vai providenciar leitos para esses pacientes serem acomodados”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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