Bahia

"80% dos focos de dengue estão localizados dentro de residências", afirma secretária estadual de Saúde

O estado da Bahia já registrou quatro óbitos por dengue neste ano.

foco mosquito da dengue capa
Foto: Enviada pelo WhatsApp do Acorda Cidade (75) 98297-4004

Conforme o Acorda Cidade já divulgou, o estado da Bahia atingiu cerca de 17 mil casos de dengue, marcando um aumento de quase 100% em comparação ao mesmo período de 2023, que registrou apenas 8.408 casos.

Esta semana, a secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana, se reuniu com líderes municipais, secretários e coordenadores da vigilância de todos os municípios da Bahia. (veja mais aqui)

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade na terça-feira (27), pela Rádio Sociedade News, a secretária estadual chamou a atenção para todas as ações que devem ser feitas neste momento de enfrentamento contra a dengue. De acordo com ela, 80% dos focos do mosquito estão nas residências.

De acordo com a gestora, todos os municípios devem fortalecer os serviços que já existem, como limpeza urbana, orientação feita por agentes de endemias, além da observação dos sintomas quando pacientes chegarem nas unidades de Saúde.

Secretária Roberta Santana
Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade

“A primeira ação que deve ser feita, é a limpeza urbana, principalmente nos espaços que são comuns ou terrenos que são fechados. O Ministério Público tem-se colocado à disposição para fazer a intervenção, inclusive para acesso a estes imóveis, para que a gente tenha a garantia da limpeza. Os municípios também são responsáveis pelos agentes de endemias, aqui faço um pedido especial para nossa Feira de Santana, que a população possa permitir o acesso dos nossos agentes para que eles possam orientar as casa, sobretudo nos focos que existem dentro das residências, pois 80% dos focos, estão nas residências. Outra observação, é o manejo clínico dos pacientes. A atenção primária deve observar os casos que estão chegando nas unidades básicas de saúde, e de imediato, iniciar o tratamento nas suspeitas de dengue”, explicou.

Ainda de acordo com a secretária, é de extrema importância que um dos tratamentos realizados, seja com a hidratação, e se for o caso, através de soro.

“Qual é a grande orientação do manejo clínico? A hidratação, é pedir que toda e qualquer pessoa com sintomas de dengue, a orientação é que se hidrate com bastante líquido, e em casos que efetivamente já esteja com sintomas mais evoluídos, a observação do médico é garantir a hidratação por soro. Claro que se esses pacientes se agravarem, os mesmos devem ser encaminhados para uma unidade de alta complexidade e o estado está preparado para receber estes pacientes. Nós já orientamos a Central de Regulação, existe uma orientação clara para isso, inclusive, nós pedimos a todos os municípios que coloquem de forma específica qual é a situação exata do paciente no sistema de regulação, pois já criamos um código e toda a rede está atenta”, pontuou.

Além das ações que precisam ser realizadas pelo município, o estado também está dando o suporte com drones sobrevoando áreas de difícil acesso, além de servidores do Corpo de Bombeiros utilizando bombas costais.

“O estado tem disponibilizado dentro dessa perspectiva de fortalecimento da rede assistencial. Colocamos a disposição de todos os municípios, o RP, o que é isso? Um sistema de aquisição de medicamentos, de insumos do estado, onde nós temos um preço mais diferenciado, pois é adquirido em grande escala, tanto do soro fisiológico, da dipirona, paracetamol e sais minerais, que são fornecidos pelo ministério e estão a disposição do estado. O governo também tem disponibilizado drones para ajudar, principalmente, em algumas áreas onde não conseguimos ter acesso, então estes drones sobrevoam para identificar reservatórios abertos, terrenos fechados e o Corpo de Bombeiros também está ajudando com as bombas costais, o que a gente chama de bloqueio nas residências, pois as bombas são de responsabilidade dos municípios, mas o estado também está fazendo esta aquisição. Lembramos também que o fumacê só atinge 80%, os outros 20% de combate, devem ser feitos pela própria população, pelos agentes de endemias”, concluiu.

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