Vacina Covid-19

1ª fase da vacinação contra a covid em Feira será para profissionais de saúde e idosos

A infectologista Melissa Falcão explicou que a vacinação será iniciada pelos grupos prioritários, a exemplo dos profissionais de saúde.

Gabriel Gonçalves

Na manhã desta terça-feira (19), a prefeitura municipal de Feira de Santana realizou uma coletiva de imprensa online apresentando todo o plano de vacinação contra a covid-19. Em entrevista ao Acorda Cidade, a médica infectologista e coordenadora do comitê de combate ao coronavírus, Melissa Falcão, explicou que a vacinação será iniciada pelos grupos prioritários, a exemplo dos profissionais de saúde.

"Primeiro serão os profissionais de saúde que iremos priorizar, pessoas que trabalham na emergência, UTI, profissionais que trabalham diretamente na linha de frente, mas lembrando que não me refiro apenas a médico, enfermeiro, técnicos, e sim a todos os profissionais que fazem aquele ambiente acontecer, seja da limpeza, maqueiros, recepção, todas as pessoas que trabalham na unidade. Além disso, os idosos com mais de 60 anos que moram em casas de internação prolongada ou que tenham mais de 75 anos. Depois iremos fazer o segundo estágio, com a liberação para outros profissionais de saúde", destacou.

Pacientes com comorbidades como hipertensos, diabéticos e pessoas acometidas pelo câncer, serão contemplados com a vacina a partir da terceira fase da campanha, segundo Melissa Falcão.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"Essas pessoas podem se vacinar, mas existe uma restrição que a gente lembra a todos, não só para o coronavírus, mas para todas as vacinas: quem tem HIV, pacientes que fizeram quimioterapia há pouco tempo, que tomam imunossupressores, ou seja, pessoas que usam remédios reumatológico e que diminui a imunidade, essas devem aguardar para usar a vacinação, não por risco de efeito colateral, mas porque a chance dela fazer efeito é menor, então a recomendação é que consulte o médico antes de tomar a vacina", explicou.

Quem já teve covid-19 pode ser vacinado?

De acordo com a infectologista, todas as pessoas que já contraíram a doença devem ser vacinadas, desde que não estejam dentro do período do vírus ativo.

"As pessoas não podem ser vacinadas na fase ativa da doença, esperar passar duas semanas. As pessoas que precisaram ser internadas, que tiveram o caso mais grave ou moderado, devem aguardar no mínimo três semanas para a vacinação. É bom lembrar que o uso da vacina não libera a pessoa para voltar com suas atividades sem as devidas prevenções. Não é porque eu tomei que vou parar de me preocupar. A taxa de eficácia da Coronavac é de 54%, é uma taxa satisfatória, e quem tomar terá o risco menor de desenvolver a doença, até porque a segunda dose será com a média de duas semanas", disse.

Efeitos colaterais causados pela vacina

A Secretaria Municipal de Feira de Santana dispõe de uma rede de monitoramento de reações adversas causadas pela vacina. De acordo com Melissa Falcão, as reações podem ser leves.

"Pode ser uma dor no local de aplicação ficando um pouco com inchaço, algumas pessoas chegaram a ter febre, diarreia, mas nenhum sintoma grave. Não houve nenhum paciente que tenha tomado a vacina e precisou de internação. Estaremos aqui atentos a isso e qualquer pessoa que tome a vacina, principalmente nos primeiros 7 dias após a aplicação, se tiver algum sintoma diferente, deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da residência e relatar o ocorrido", explicou.

Ainda segundo Melissa Falcão, nenhuma vacina ainda foi testada em menores de 18 anos e, por esse motivo, esta é a única contraindicação para aplicação.

"Nenhuma das vacinas até agora foram testadas nessa faixa etária. Tem a vacina da Pfizer, que começou a ser testada em maiores de 12 anos, mas nenhuma das vacinas autorizadas como uso emergencial pode ser utilizada em menores de 18 anos. Fora isso, não há indicação de idade e os idosos mostraram uma resposta bem parecida com as pessoas mais jovens. Imunossupressos e pessoas com imunidade baixa também podem usar", finalizou.

O prefeito Colbert Martins explicou também na coletiva de imprensa sobre as reações alérgicas e pediu que os pacientes informem na unidade de saúde sobre qualquer tipo de reação alérgica.

Foto: Divulgação/Secom

"Não é uma contraindicação, mas um cuidado para quem tem reações alérgicas. Precisa informar com antecedência para que seja avaliado o risco. Qualquer vacina pode provocar reação alérgica, então nesses casos, nós temos que ter o cuidado da informação para se fazer a avaliação", finalizou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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