Os festejos de São João já tiveram início e a partir da próxima semana, as fogueiras e reuniões de família e amigos tendem a ser ainda mais intensas. E, seguindo a tradição junina, os encontros nesta época contam com as fogueiras e com os fogos de artifício, que fazem a alegria das crianças.
Mas, a utilização destes explosivos, não só pode trazer riscos aos seres humanos, como também aos animais. O barulho emitido pelos fogos pode trazer sérias consequências à saúde dos Pets. Para falar sobre estes riscos e formas de prevenção, principalmente ligadas aos cães, o Acorda Cidade ouviu o médico veterinário Antônio Magalhães.
Inicialmente, o médico veterinário explicou porque os fogos podem, de fato, incomodar estes animais.
“O cão tem uma capacidade auditiva muito maior do que da gente. Então, um estampido de fogos de artifício que para a gente incomoda um pouquinho, para o cão, o barulho incomoda muito e ele fica sem saber de onde vem esse barulho e pode se mutilar, pode entrar em convulsões, uma série de problemas que podem ser causados por conta do estampido”, disse.
Sinais
Ao ter contato com o barulho emitido pelos fogos de artifício, os animais podem apresentar sinais de estresse ou medo. Conforme Antônio Magalhães, o primeiro indício de que os cães estão incomodados com o barulho é correr ou se proteger.
“O animal ao ouvir um estampido ele corre ao redor de uma casa, vai para debaixo de uma mesa, de uma cama, ele não se alimenta direito, ele pode babar, são uma série de comportamentos que o animal pode demonstrar de que aquilo está incomodando ele”, explicou.
Medidas preventivas
Para evitar que os animais sofram neste período, o ideal é aplicar medidas de prevenção, como não soltar fogos próximo ao local onde eles estão. O médico veterinário também alertou que o barulho dos fogos pode incomodar não só os animais, como o público vulnerável nesta época.
“O ideal é que realmente não tivesse, mas graças a Deus também vem melhorando, eu me lembro que quando eu era menino, todos saltavam balões e depois chegou à conclusão que os balões causavam problemas e aboliu os balões, mas, é a mesma coisa com os fogos, a consciência das pessoas de que aquilo incomoda os animais, crianças com autismo, pessoas idosas. Então os fogos de artifício incomodam essas pessoas e isso com tempo tem uma certa conscientização, mas infelizmente não acabou, ainda existe. Os animais que são acometidos com esse estresse, existem alguns fatores que auxiliam como medicamentos que podem ser dados, mas precisa consultar o médico veterinário para saber a dosagem, o tempo. O tutor também pode colocar a televisão ou o rádio em um volume maior para que esse som iniba os estampidos, são algumas das coisas que minimizam”, reforçou.
Fogueiras
Sobre as fogueiras, a recomendação é também que os animais mantenham distância. O veterinário finalizou ainda reforçando indicações do que fazer em casos de acidentes com cães neste período junino.
“Com relação a fogueira não é frequente o animal ir lá porque o calor termina inibindo, mas o animal pode correr diante dos fogos de artifício, pode cair ou pisar na fogueira e provocar queimaduras. O ideal é manter a distância do animalzinho. E se for animais que têm uma sensibilidade maior você precisa recorrer ao médico veterinário para que ele passe medicamentos para minimizar o problema que é grave. Caso aconteça algum acidente a recomendação é primeiro lavar com água e sabão, água corrente, colocar uma gaze e levá-lo ao médico veterinário, somente ele vai ter condições de tratar aquele ferimento que dependendo da situação pode ter uma certa gravidade”, finalizou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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