A noite de São João já é nesta quinta-feira, dia 23 de junho, e muitos feirenses já estão preparando o ‘look junino’, principalmente com relação aos calçados, como é o caso do público feminino que gosta de utilizar botas.
Muita gente até já tem o item guardado em casa, porém por conta da não realização dos festejos juninos em virtude da pandemia, as botas ficaram esquecidas no canto e começam a estragar.
É o caso de Maria Fernanda que levou a bota para fazer manutenção. Segundo ela, a expectativa é de ‘arrastar o pé’, até cansar.
“Hoje eu vim trazer aqui uma bota para o sapateiro dar uma colada, porque eu quero dançar forró até umas horas neste ano. Eu fiquei sem utilizá-la nesses dois últimos por conta da pandemia, não teve forró, então ficou guardada no canto, descolou e trouxe aqui para resolver”, contou.
Antônio Alcântara, conhecido como ‘Toin Sapateiro’, disse à reportagem do Acorda Cidade, que já fez serviços em pelo menos 40 botas nos últimos dias e salientou, que o público maior, é feminino.
“O movimento aumentou bastante nesses últimos dias, eu acho que de duas semanas para cá, eu já fiz serviço em pelo menos 40 botas, e a maioria das pessoas que vem aqui, é de mulheres. Estou achando que o pessoal tirou as botas do guarda-roupa e estavam tudo descoladas porque não estava tendo São João”, brincou.
Trabalhando há mais de 30 anos no ramo como sapateiro da Praça do Senadinho, ‘Toin’ contou que o serviço também não é muito caro, e a depender da situação, pode ser mais vantagem costurar o calçado do que apenas colar.
“Hoje eu faço todo tipo de conserto, seja de bola, bolsas, sapatos, botas, tudo que o pessoal procura aqui, a gente faz. Por exemplo, para costurar um par do calçado, eu cobro R$ 20, e as vezes, não compensa apenas colar, porque no futuro, esse conserto pode descolar, então a gente sugere que faça a costura no solado”, disse.
Antônia Cerqueira, também estava aguardando para ser atendida. Segundo ela, o investimento em consertar, é mais vantajoso do que comprar outro calçado.
“As vezes é mais vantagem a gente trazer para colar, para costurar, do que ter que comprar outro, porque quando é preciso economizar, a gente faz todo sacrifício, então é um serviço de qualidade, não demonstra que teve conserto, e por exemplo, ele me cobrou aqui R$ 20 para deixar tudo pronto, sem nenhum defeito”, comentou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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