Laiane Cruz
Faltando cerca de um mês para os festejos juninos, ainda não há definição sobre o pedido de suplementação de recursos, enviado pelo Executivo à Câmara Municipal no valor R$ 1,1 milhão para a Secretária de Cultura, Esporte e Lazer, a fim de que o São João seja realizado em Feira de Santana. De acordo com o vereador Silvio Dias (PT), o projeto foi enviado para as comissões da Casa, que já analisaram, e agora está sendo discutido pelos parlamentares, com a colocação de emendas.
Na opinião do parlamentar, a suplementação é desnecessária, pois a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer possui recursos suficientes em caixa, mas o projeto deverá ser aprovado pelos vereadores, para não dar argumentos ao prefeito Colbert Martins de que a festa não foi realizada por culpa da Câmara.
“A Secretaria de Cultura tem hoje mais de R$ 9 milhões em caixa. Qual a necessidade de ter uma verba de suplementação para que aconteça o São João? Nós já estamos chegando no final de maio, será que só agora o prefeito entendeu que há essa necessidade? Mas ainda sim esse vereador Silvio Dias votará favoravelmente a essa nova suplementação. Não considero necessário, mas para não dar argumentos ao prefeito de que não realizou o São João de São José, o São Pedro de Humildes, o São Pedro do Distrito de Bonfim de Feira, o Arraiá do Comércio por falta de recursos, nós vamos votar favoravelmente à suplementação. Volto a dizer, acho desnecessário retirar dinheiro de um local para colocar na Secretaria de Cultura, porque não se gastou nada, mas não vamos dar esse argumento para o prefeito. Agora de onde sairá esse recurso é que vai precisar também ser discutido aqui na Casa”, afirmou Silvio Dias.
Ele frisou que, conforme determina o regimento interno, o projeto passou pela Comissão Constituição e Justiça e terá que passar pela Comissão de Finanças.
“O prefeito sabe disso, mas ele deixou para mandar agora e não pode falar que a Câmara está atrasando o processo porque é algo que é regimental. Está na lei que os projetos têm que passar pela Comissão de Constituição Justiça para dar o seu parecer e em sequência a Comissão de Finanças. Já houve esses pareceres, inclusive favoráveis, e agora vamos discutir o mérito do projeto. Nesse momento, estamos discutindo e foram colocadas emendas porque há uma discussão sobre a necessidade de retirar dinheiro, por exemplo, da Guarda Municipal. Então eu entrei com uma emenda alterando a fonte desses recursos. Colocamos para tirar parte dos recursos da Secretaria do Trabalho Desenvolvimento Econômico, onde existe uma rubrica para aquisição de imóvel e também estamos retirando da Secretaria de Planejamento, onde nós acreditamos que não fará falta, uma rubrica para consultoria. Vamos retirar de locais onde não haverá impacto na condução daquilo que é importante para Feira de Santana, então as emendas foram nesse sentido”, explicou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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