Vereador Ismael Bastos entra com recurso no TSE após cassação de mandatos e retotalização de votos

O vereador Ismael Bastos (PL), que ficou como suplente nas eleições de 2020 e atualmente ocupa uma cadeira na Câmara Municipal de Feira de Santana, após a licença do vereador Fernando Torres (PSD), afirmou ao Acorda Cidade que está entrando com recurso na justiça devido a cassação de dois vereadores, que levou a retotalização de votos e definição dos nomes de Hélio Barreto e Antônio Carlos (Carlinhos Cabeção) para ocuparem as vagas na Casa da Cidadania.

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A retotalização dos votos ocorreu na última quinta (24) e a medida foi determinada em decorrência dos recursos especiais eleitorais, que resultaram na cassação dos mandatos dos vereadores Fernando Torres e Correia Zezito (PL). A cassação ocorreu após o TSE anular os votos recebidos pelos partidos PSD e Patriota nas eleições municipais de 2020, em decorrência de fraude na cota de gênero.

O vereador Ismael Bastos explicou que entrou com o recurso, porque a decisão da cassação foi apenas de uma juíza, sendo que são sete juízes eleitorais, no total. Ele afirmou que vai oficiar à Câmara de Vereadores sobre esse recurso e vai pedir que a Câmara aguarde o julgamento do plenário do TSE.

“A perda de um mandato não é algo simples, até porque vai contra a soberania do voto popular. Entramos com um recurso porque o partido na pessoa do vereador Fernando Torres recorreu quando teve esse processo de cota de gênero, o partido dele ganhou aqui em Feira, quem perdeu recorreu e foi pra Salvador. Fernando Torres também ganhou em Salvador e quem perdeu recorreu novamente e foi até o TSE, onde quem perdeu teve uma decisão favorável de uma juíza, mas essa decisão ainda cabe recurso. Entrei com recurso por ser parte do processo, já que na época eu era filiado ao PSD, fiquei na primeira suplência e estou atualmente exercendo mandato em virtude de uma licença do vereador Fernando Torres”, explicou.

Ismael destacou que faltam menos de dois meses para a conclusão do mandato e disse que não é prudente o afastamento dos vereadores, sendo que ainda cabe recurso.

“Não quero que haja uma precipitação pelo plenário do TSE e quero que ocorra o desfecho final, antes dessa decisão. Se há possibilidade de recurso, a gente quer que aguarde esse desfecho. Não é prudente afastar dois vereadores do mandato, sendo que ainda existe recursos. Vencemos no TRE local, vencemos em Salvador e agora a gente quer o pronunciamento do plenário e pode ser que se reverta essa situação”, afirmou.