Eleita presidente da República em 31 de outubro, Dilma Rousseff está há quase 40 dias tentando montar seu ministério. Em um primeiro momento, ela mostrou rapidez ao definir os nomes de três personagens importantes de seu governo, todos envolvendo a área econômica – Guido Mantega fica na Fazenda, Alexandre Tombini assume o Banco Central e o Planejamento, que ficará responsável pela administração do PAC, estará a cargo de Miriam Belchior.
Depois, Dilma começou a enfrentar problemas, como a busca de espaço no governo pelo PT, seu partido, o voraz apetite do PMDB, principal aliado na campanha e partido de seu vice, o deputado Michel Temer (SP), sem contar a necessidade de aplacar as outras legendas aliadas. Na noite de quarta-feira (8), ela divulgou a fatia do PMDB e agora trabalha na finalização de sua lista de "convocados".
Confira abaixo quem já está confirmado no governo Dilma:
|
Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Wagner Rossi – PMDB O ex-deputado federal Wagner Rossi assumiu o ministério em março de 2010, sob acusação de lotear cargos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento entre aliados políticos. Ligado ao vice-presidente eleito, Michel Temer, Rossi foi reconduzido ao posto por Dilma. |
|
Ministério das Comunicações Paulo Bernardo – PT Amigo pessoal de Dilma Rousseff, Bernardo passou cinco anos no comando do Ministério do Planejamento. Homem de confiança de Dilma, ele assume uma pasta que deve tratar de assuntos sensíveis, como a regulamentação da comunicação eletrônica, o Plano Nacional da Banda Larga e a reestruturação dos Correios. |
|
Ministério da Defesa |
|
Ministério da Fazenda |
|
Ministério da Justiça |
|
Ministério de Minas e Energia Edison Lobão – PMDB Edison Lobão (MA) assumiu a pasta em janeiro de 2008, na condição de indicado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Reeleito para o Senado em 2010, Lobão conseguiu ser reconduzido ao posto no governo Dilma, mantendo o estratégico ministério de Minas e Energia sob controle do PMDB. |
|
Ministério da Pesca e Aquicultura Ideli Salvatti – PT A senadora Ideli Salvatti foi a candidata do PT ao governo de Santa Catarina, mas não teve sucesso nas eleições. Integrante da chamada “tropa de choque” do governo nos mandatos de Lula, ela foi premiada com uma vaga no ministério de Dilma. |
|
Ministério do Planejamento Miriam Belchior – PT Integrante da equipe de transição de Lula em 2002, Miriam atuou como assessora do presidente até 2004, quando recebeu convite de José Dirceu para atuar na Casa Civil. Quando Dilma deixou a Casa Civil para se candidatar, Miriam assumiu a secretaria-executiva do PAC. Com Dilma presidente, seguirá comandando o programa, que passará para o âmbito do Planejamento. |
|
Ministério da Previdência Social Garibaldi Alves Filho – PMDB Depois de ser convidado por Dilma, Garibaldi Alves não conseguiu esconder sua frustração com a pasta, que “não é muito” do seu “agrado”. Ainda assim, ele disse estar pronto para o “desafio”. A pasta não é muito bem vista pelos políticos pois a maior parte de seu orçamento já vem comprometida com o pagamento de pensões e aposentadorias. |
|
Ministério dos Transportes Alfredo Nascimento – PR Ex-prefeito de Manaus e ex-governador do Amazonas, Alfredo Nascimento foi ministro dos Transportes no governo Lula, mas deixou o cargo para disputar novamente o governo estadual, eleição na qual foi derrotado. Agora foi reconduzido ao cargo, na cota do PR no governo. Ministério dos Transportes. |
|
Ministério do Turismo Pedro Novais – PMDB O deputado Pedro Novais (MA) é um antigo membro do chamado “baixo clero” da Câmara, formado por deputados de pouca expressão. Ligado a José Sarney (PMDB-AP), é mais um que faz parte da “cota” do presidente do Senado no governo Dilma. |
|
Banco Central Alexandre Tombini Tombini é funcionário de carreira do governo e ocupa atualmente a diretoria de Normas do Banco Central. Ele foi escolhido porque seria menos conservador que Henrique Meirelles na condução da política de taxa de juros e por ser mais aberto ao diálogo com a equipe do Ministério da Fazenda. |
|
Casa Civil Antonio Palocci – PT Ex-prefeito de Ribeirão Preto (PT), Palocci era uma das estrelas do primeiro mandato de Lula, mas deixou o governo em 2006 acusado de mandar quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Eleito deputado federal em 2006, Palocci foi cotado como candidato ao governo de São Paulo em 2010, mas acabou sendo um dos coordenadores da campanha de Dilma. |
|
Secretaria-geral da Presidência Gilberto Carvalho – PT Principal assessor de Lula, Carvalho atuou como chefe de gabinete da Presidência no atual governo. Com Dilma, ele será deslocado para a secretaria-geral, órgão que cuida do diálogo do governo com os movimentos sociais e religiosos |
|
Secretaria de Assuntos Estratégicos Moreira Franco – PMDB Ex-governador do Rio, Moreira Franco é outro aliado de Michel Temer e participou da coordenação de campanha de Dilma. A secretaria terá funções como coordenar o Plano Nacional de Saneamento e Reaproveitamento de Resíduos Sólidos e o conselho que reúne integrantes da sociedade civil interessados em dialogar com o governo. |
|
Secretaria de Comunicação Social Helena Chagas Ex-jornalista do jornal O Globo e do SBT, Helena Chagas atuou na implantação e reestruturação do jornalismo em órgãos públicos como a TV Brasil, a Agência Brasil e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e coordenou a comunicação da campanha de Dilma. Ela substituirá Franklin Martins, que teve um atuação polêmica. |
|
Secretaria Especial dos Direitos Humanos Maria do Rosário – PT A política gaúcha atuou em comissões parlamentares ligadas aos Direitos Humanos nas esferas municipal, estadual e federal. Durante o governo Lula, se destacou como relatora da CPI da Pedofilia. Ela é professora e tem mestrado na área de direitos humanos. |
( Fonte: Época)