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Agência Brasil – O ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco e o ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo João Batista Lima Filho foram levados nesta manhã de hoje (22) para a Superintendência da Polícia Federal (PF), na região portuária do Rio, para prestar depoimento. Os dois passaram a noite no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio, onde chegaram ontem à noite depois de serem presos em mais uma fase da Operação Lava Jato no estado do Rio de Janeiro. No mesmo local, desde novembro do ano passado, está preso o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão.
O ex-presidente Michel Temer continua preso na Superintendência da PF. Ele chegou ontem à noite procedente de São Paulo onde foi preso. Também ontem Temer recebeu a visita do ex-ministro chefe da secretaria de governo da Presidência da República Carlos Marun. Na saída do encontro, ele disse que o ex-presidente está triste e como conhecedor de Direito considera a prisão improcedente. “O presidente é um homem que tem conhecimento jurídico, conhece o Direito e sabe da absoluta improcedência, irrazoabilidade e ilegalidade da decisão judicial que determinou esta prisão preventiva”.
Segundo Marun, embora triste, ex-presidente mantém a confiança na Justiça e está sendo tratado com dignidade e respeito. “Está muitíssimo triste aguardando que essa situação se reverta o mais rapidamente possível”.
Hoje o ex-presidente também prestará depoimento aos integrantes da Força Tarefa da Operação Lava Jato, nas instalações da Superintendência da PF. No Tribunal Regional Federal da 2ª Região, há previsão do desembargador Ivan Athié, avaliar o pedido de habeas corpus. Segundo a assessoria do Tribunal não há registro de pedido de habeas corpus para o ex-ministro Moreira Franco.
Presos
Também foram presos preventivamente ontem Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale, Carlos Alberto Montenegro e Maria Rita Fratezi, com base nos mandados expedidos pelo juiz da 7ª Vara Federal, Marcelo Bretas, na Operação Descontaminação, um desmembramento das operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade. Eles foram levados para o presídio José Frederico Marques, unidade de Benfica, na zona norte.
Em Benfica estão Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann, que tiveram prisão temporária, decretada pelo juiz Bretas. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) não informa se já houve a transferência dos presos para outra unidade do sistema.
Maria Rita Fratezi é mulher do coronel da Polícia Militar de São Paulo, João Batista Lima Filho, também preso na Operação Descontaminação. As investigações apontaram crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com o MPF foi identificada na operação Radioatividade, uma “organização criminosa que atuou na construção da usina nuclear de Angra 3, praticando crimes de cartel, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e fraudes à licitação”.