Política

“Tem que desmontar o palanque e conversar”, diz Zé Neto sobre organização da Micareta

O deputado disse ainda que da parte do governo estadual, não haverá dificuldade em dialogar.

Foto: PMFS
Foto: PMFS

O deputado federal José Neto (PT) criticou na manhã desta segunda-feira (27), a falta de organização da prefeitura de Feira de Santana em relação à Micareta 2023, que será realizada em abril.

Segundo ele, a dois meses da realização da Micareta de Feira de Santana, o governo municipal não anunciou quais serão as atrações que irão animar o circuito e não divulgou nada sobre como será a estrutura da festa. Além disso, segundo ele, o diálogo com o governo do estado continua sem avanços.

“A Micareta vem há muitos anos sendo empurrada e é feita sem diálogo com as partes que são evidentemente a razão da festa. A Micareta não é do município, da instituição, é do povo, do barraqueiro, do bloco, de quem brinca a festa, da imprensa, de quem no dia a dia concorre para que ela funcione, e exista na comunidade, e até mesmo de quem não brinca, que também precisa de apoio para que façam seus eventos, como é o caso do Vem Louvar, os eventos evangélicos, os espíritas e outros. A Micareta é um grande momento do ponto de vista da informalidade, que é uma vertente da economia que representa mais de 60%. Como uma festa dessa não é tratada com disciplina, antecedência e escuta, principalmente o diálogo entre o estado e o município?”, questionou o deputado.

Ele citou como exemplo positivo a parceria entre o prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o governador Jerônimo Rodrigues, quanto à organização do Carnaval. Já em Feira, ele destacou que não há nenhum movimento que aponte para uma harmonia entre os gestores.

Deputado Federal Zé Neto (PT-BA)
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

“Em Salvador, a festa deve ter trazido cerca de 2 milhões de turistas. Na Micareta, o estado vai fazer algo, além do que já faz, que o maior gasto é com a segurança, que foi o que destruiu a Micareta antes da gente. É obrigação, mas a falta de investimento do passado gerou a fama de uma festa violenta. Nós triplicamos o valor do investimento, ampliamos o que estava ao nosso alcance. Na saúde, também fizemos nossa parte. Blocos, tentamos muitas vezes chegar junto com a prefeitura, mas só teve uma Micareta que conseguimos fazer bacana, que foi quando Tarcísio era prefeito, porque ele ouvia e dava para combinar as coisas. Não pode decidir a dois meses da Micareta, pois quem quer empreender numa festa tem que saber no que vai investir, não saber quem vão ser as atrações, como vai ser iluminação, se vai ter camarote, qual vai ser o tamanho da festa. Tem o conselho da Micareta, mas eles não respeitam, tem o estado que quer ajudar, mas eles não procuram”, declarou.

O deputado disse ainda que da parte do governo estadual, não haverá dificuldade em dialogar, mas espera que o município tome a iniciativa de procurá-los.

“A gente fica esperando, porque muitas vezes aconteceu de a gente tentar ajudar e dizerem que queríamos nos meter em algo que não é nosso. Tem que apresentar uma proposta para o estado do que a gente pode fazer. Estive ontem com o secretário de Justiça, Felipe Freitas, conversei com o secretário de Cultura, com o governador Jerônimo, e o que estamos pensando é primeiro na participação do Ouro Negro, e uma conversa direta com o município, que precisa fazer com que isso seja uma realidade. Acabaram a eleições, tem que desmontar o palanque”, reiterou.

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