Política

Sindicato dos Metalúrgicos chama atenção para alto número de acidentes de trabalho em Feira de Santana

O presidente destacou ainda que muitas vezes o trabalhador sofre um acidente, mas continua atuando na empresa por medo de perder o emprego, e por isso também não denuncia o caso ao sindicato.

Laiane Cruz

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Feira e região, Thiago Azevedo, usou a tribuna livre da Câmara de Vereadores, nesta quarta-feira (30), para chamar a atenção dos vereadores sobre a importância de fiscalizar as empresas do município, devido ao alto número de acidentes de trabalho. Ele ressaltou que o mês de abril, através da campanha Abril Verde, tem como foco a prevenção acerca deste tema.

“A gente vem com o Abril Verde, que vai iniciar agora, que fala justamente dos acidentes de trabalho e a prevenção. A gente veio chamar a atenção usando a tribuna aqui hoje, para o alto número de acidentes nas empresas. Nos últimos três anos nós tivemos 45 casos abertos, somente de uma empresa em Feira de Santana. E temos inúmeros outros, inclusive temos fotos de esmagamento de dedos, perda de pedaços de dedos, mas muitas vezes esses trabalhadores não são afastados, devido a esses casos não serem considerados como acidentes de trabalho”, afirmou Thiago Azevedo.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade 

Ele destacou ainda que muitas vezes o trabalhador sofre um acidente, mas continua atuando na empresa por medo de perder o emprego, e por isso também não denuncia o caso ao sindicato.

“O trabalhador volta para a empresa e fica trabalhando. Temos fotos de trabalhadores indo para a empresa de muleta, com mão enfaixada, e a empresa diz que não são acidentes. Muitas vezes o trabalhador com medo de perder seu emprego se sujeita dessa maneira. Mas os trabalhadores devem procurar o nosso sindicato, que é aberto de segunda a sexta. Uma lesão pode não ser tão grave hoje, mas pode vir a gerar uma infecção, e o acidente que começa hoje pode perdurar com uma doença para a vida toda. Tínhamos muitos casos de LER/DOR, por esforço repetitivo, problemas na coluna, ombros, e hoje temos muitos casos de esmagamentos e cortes profundos em maquinários.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade. 

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