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Senadores votam novo salário mínimo

O governo chega à Casa com a perspectiva de obter com folga apoio à proposta de elevar o valor para R$ 545, aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados

O Senado realiza nesta tarde a sessão em que será votado o reajuste do salário mínimo. O governo chega à Casa com a perspectiva de obter com folga apoio à proposta de elevar o valor para R$ 545, aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados. Ainda restam, entretanto, expectativas sobre o item do projeto que concede ao governo o direito de realizar novos reajustes por decreto até 2015. Tema de polêmica, o artigo pauta propostas de emenda preparadas por senadores da oposição para a votação desta quarta-feira.

Na votação da semana passada, que marcou o primeiro teste do governo da presidenta Dilma Rousseff no Congresso, deputados aprovaram o mínimo de R$ 545 ao rejeitrarem duas emendas propondo valores maiores. A primeira, de R$ 600, foi derrubada por 376 votos contra e 106 a favor, com 7 abstenções. A segunda, que propunha valor de R$ 560, teve 361 votos contra, 120 a favor e 11 abstenções.

Imagens TV Senado 

Hoje, quem abriu a tribuna foi o senador Paulo Paim (PT-RS), que prometia votar contra o governo e voltou atrás após negociar com o Planalto. O petista se reuniu nesta manhã com Dilma e depois seguiu para o plenário para justificar a mudança de voto. "Não é o que eu queria, eu queria muito mais", disse Paim, alegando que teve a garantia de um empenho do governo pela valorização dos aposentados e pelo fim do favor previdenciário. "Mas me sinto tranquilo em vir aqui agora à tribuna", emendou.

Senadores de oposição que se manifestaram em seguida não economizaram nas críticas ao reajuste do mínimo por decreto. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS)  disse que a Casa não pode passar um "cheque em branco" para o Executivo. Em seguida, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) engrossou o coro: "O que o ocorre é que se utiliza a Constituição para golpear a própria Constituição".

Houve criticas até mesmo dentro do aliado PMDB. “Da forma como o governo vem trabalhando, daqui a pouco esta Casa estará privada de todas as suas prerrogativas”, disse o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). “Esta Casa não pode ter seu papel reduzido ao de despachante.” As informações são do IG

 


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