Laiane Cruz
O governador Rui Costa declarou, na manhã desta quinta-feira (24), na cidade de Tanquinho, onde anunciou diversas obras de infraestrutura para o município, que em governos anteriores ao do Partido dos Trabalhadores (PT) a Bahia era governada com autoritarismo, e que instituições eram utilizadas pelo governo para coagir e intimidar prefeitos.
Na avaliação dele, o governador Jaques Wagner deu início uma nova forma de governar o estado, por meio de um modelo mais democrático.
“Nós introduzimos um jeito diferente de governar, que não começou comigo, começou com o ex-governador e atual senador Jaques Wagner. O Wagner substituiu, iniciou um novo jeito, um novo modelo de governar. Antes se governava esse estado de forma vertical, de forma autoritária, onde alguns da oligarquia se consideravam donos deste estado, e intimidavam, ameaçavam os prefeitos e prefeitas. Ouço relatos do passado do uso inclusive de instituições que deveriam agir de forma imparcial, mas no passado da Bahia agiam por ordem e por mando de quem se achava dono, utilizando-se, segundo os relatos, a Justiça para intimidar prefeitos, coagir”, declarou Rui Costa.
Ainda nas palavras do governador, antes da urna eletrônica, as eleições na Bahia eram fraudadas para garantir a permanência do poder vigente.
“Todos se lembram e relatam que antes da urna eletrônica, como muitas vezes a vontade do povo não era respeitada, pela manipulação daquelas cédulas e da, eventual, vontade dos juízes eleitorais locais, que interviam. Ou até mesmo a perseguição que alguns sofriam. Isso tudo ficou no passado da Bahia, e eu agradeço, porque nós substituímos isso por um outro jeito de governar, o jeito de cativar, cooperar, de mãos dadas aos municípios, e nós, em nosso governo consolidamos esse jeito”, afirmou Rui.
O governador ainda sugeriu que em modelos anteriores ao do PT, as unidades de saúde eram utilizadas como cabides de empregos e controladas com mão de ferro.
“Em que época da Bahia um governador construiria 26 policlínicas, e entregaria? Cada uma custando 24 milhões de reais, com recursos do governo do estado, e entregaria para a gestão dos consórcios? No passado, uma ferramenta dessas era controlada com mão de ferro, onde o governador provavelmente controlaria, porque quantos empregos têm ali na policlínica? Que isso seria uma ferramenta política, de captação política, os empregos da policlínica. Quantos atendimentos fazem a policlínica? Quantas vezes nessa Bahia já se persuadiu, constrangeu o povo, dizendo, ou vota comigo ou não tem atendimento médico? Então, esse jeito foi substituído por um jeito novo, onde o governo entende que a melhor forma de governar não é constranger, não é coagir, não é chantagear pessoas negando os serviços de saúde”, discursou.
Ainda conforme o governador, a melhor forma de governar é descentralizando a gestão e apostando nas pessoas.
“Por isso você coloca consórcio de infraestrutura, que o nosso prefeito de Santo Estêvão, Rogério, é o presidente, com máquinas e equipamentos. Só esse ano nós compramos mais de 150 milhões em máquinas grandes, usinas e asfalto, e colocamos nas mãos dos prefeitos. Em que momento isso seria feito no passado na Bahia? Eu tenho certeza que a esmagadora maioria dos prefeitos e prefeitas não querem voltar ao passado desta relação autoritária vigente de quem nasceu para ser dono da Bahia”, argumentou Rui Costa.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia