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O PSDB protocolou nesta quarta-feira uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o instituto Sensus. Pesquisa do instituto, encomendada pelo Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo), apontou ontem empate técnico na corrida presidencial entre o tucano José Serra (32,7%) e a petista Dilma Rousseff (32,4%) — resultado mais apertado já obtido entre os dois candidatos até agora.
Segundo Ricardo Penteado, advogado do PSDB e da campanha de Serra, o instituto Sensus desrespeitou o prazo legal de cinco dias entre o registro da pesquisa no TSE e a divulgação dos resultados.
A pesquisa foi registrada inicialmente no último dia 5 em nome do Sindecrep (sindicato de trabalhadores em concessionárias de rodovias). No entanto, diz Penteado, após a Folha ter revelado que a entidade negava a encomenda ao Sensus, houve o registro, no dia 9, de um outro sindicato como autor do registro, o Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo).
A partir daí, conforme argumenta o advogado do PSDB, um novo prazo deveria ter sido contado, e a pesquisa só poderia ter sido divulgada hoje. Penteado pede multa de R$ 100 mil ao instituto.
Ontem, políticos do partido desqualificaram o levantamento. "Os institutos de pesquisa deveriam ter um certo regulamento. Eu acho meio surreal um sindicato encomendar pesquisa", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
Para o senador Álvaro Dias (PR), a pesquisa "não captou a realidade" uma vez que os fatos políticos foram favoráveis a Serra nos últimos dias –especialmente após o evento que lançou a sua pré-candidatura no sábado.
De acordo com a sondagem, Ciro Gomes (PSB) teria 10,1%, e Marina Silva (PV), 8,1%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Segundo dados apresentados ao Tribunal Superior Eleitoral, sob o registro de número 7594/2010, o levantamento foi feito entre os dias 5 e 9 de abril em 24 Estados, com 2.000 entrevistas.
Representação contra Lula e Dilma
Ricardo Penteado afirmou que amanhã o partido entrará com outra representação no TSE contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além dos presidentes da CUT e da Força Sindical, sob a acusação de uso eleitoral da estrutura sindical no evento montado no sábado, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, para se contrapor ao lançamento ao Planalto de José Serra. As informações são da Folha Online.