Presidente da Câmara diz que pode dar continuidade ao concurso e fala sobre projetos para atual legislatura

O vereador Marcos Lima, presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, esteve no programa Acorda Cidade desta quarta-feira (29) onde falou sobre os trabalhos legislativos e os projetos que pretende executar durante sua legislatura. Entre os projetos, ele destacou a implantação de uma ouvidoria e a finalização da reforma do prédio anexo da Câmara.

Marcos Lima ainda falou sobre como pretende manter seu relacionamento com o executivo, sobre os cortes financeiros realizados no início da legislatura e sobre a situação do concurso público da Câmara, que está paralisado. Ele afirmou que existe uma conta na Câmara com recursos para devolver o valor da inscrição aos candidatos.

“As pessoas têm que nos procurar para receber esse dinheiro de volta. Esse assunto ainda não entrou no meu radar, vamos ter que solucionar e, se necessário, vamos dar continuidade ao concurso público da Câmara Municipal”, afirmou.

Câmara tem orçamento mensal superior a R$ 4 milhões

Com um orçamento mensal de R$ 4,5 milhões, o presidente da Câmara explicou como pretende trabalhar. Ele falou sobre os cortes que foram feitos e disse que isso foi necessário para não ultrapassar os limites de gastos estabelecidos.

“Na gestão anterior, fizeram um projeto de lei aumentando salário de vereador, gabinete, tíquete alimentação, combustível e salários de servidores comissionados. Fizeram esse reajuste sem observar o impacto para este ano. Então, quando nossa equipe técnica verificou, vimos que o impacto seria maior que 70%, que é o limite estabelecido. Então, tive o cuidado de fazer um pequeno reajuste. Por exemplo, o tíquete alimentação foi de R$ 400 para R$ 1200, agora diminuímos para R$ 700. Acho que está dentro de um padrão. Com essa economia, a gente consegue adequar”, explicou.

Sobre o dinheiro encontrado em caixa, o vereador Marcos Lima disse que foi um pouco mais de R$ 1 milhão, e esse recurso será destinado ao pagamento de contas da gestão anterior que estão programadas.

“Nossa gestão não tem obrigação de fazer nenhum tipo de pagamento que não esteja programado no fundo a pagar. A gestão anterior precisa disponibilizar os recursos para os pagamentos. Ficou na conta R$ 1 milhão e pouco para ser pago a alguns fornecedores, e já estamos fazendo esses pagamentos. Se surgir alguma pendência que não esteja no fundo a pagar, nós não temos obrigação de arcar”, afirmou.

Projetos que quer desenvolver na Câmara

Sobre os projetos que pretende desenvolver à frente da Câmara Municipal, o presidente Marcos Lima citou a implantação de uma ouvidoria, que, segundo ele, vai ouvir as demandas da população e tentar trazer soluções.

“Estamos formalizando uma equipe para trabalhar junto com o ex-vereador Carlito do Peixe nesta ouvidoria. Queremos ouvir as demandas da cidade, as reclamações, sugestões e denúncias. Vamos trabalhar forte para resolver as demandas”, afirmou.

Marcos Lima também disse que pretende finalizar a reforma do prédio anexo da Câmara Municipal, que está paralisada desde novembro do ano passado.

“Vamos concluir a obra. Isso é importante para a Câmara. A reforma está paralisada desde novembro do ano passado e estamos fazendo a transição, que deve terminar até o final do mês. Como a transição de uma gestão para outra ainda está acontecendo, ainda sei bem pouco sobre a obra. Solicitamos informações da empresa, fizemos uma comissão, visitamos o espaço, mas ainda não tenho muito conhecimento”, afirmou.

Outro projeto que o presidente Marcos Lima quer implantar na Câmara Municipal é a ideia do vereador Ivamberg Lima, que é a implantação de uma escola legislativa.

“A ideia é aproximar mais a população e os estudantes da rede pública para participarem conosco. Vai funcionar trazendo as pessoas para participarem de congressos e cursos”, explicou.

Além disso, outra meta citada por Marcos Lima é trazer de volta a confiabilidade que a população tinha pela Câmara Municipal. Segundo ele, alguns problemas ocorridos na legislatura passada fizeram a Casa da Cidadania perder a credibilidade junto à população.

“Nos últimos quatro anos, tivemos problemas na Câmara, o que gerou grandes desgastes. Então, vamos buscar nos aproximar da população, fazer o regimento interno ser cumprido, a lei orgânica do município ser cumprida e organizar os trabalhos legislativos”, declarou.