Câmara Municipal

Pedro Américo diz que Fernando Torres 'tentou criar ambiente de desgaste na Câmara'

O vereador acredita que se deve buscar o caminho da serenidade e o equilíbrio.

Laiane Cruz

Após as acusações sofridas pelo presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Torres, de que teria se elegido através da distribuição de cestas básicas e de que estaria buscando a criação de cargos para funcionários fantasmas, o vereador Pedro Américo rebateu as declarações e afirmou que o atual modelo de ‘política do grito e ameaça’, com propagação de denúncias falsas, enfraquece a imagem da Casa Legislativa.

“Fico muito triste, porque ele fez essas acusações na Câmara porque a gente fez uma reflexão para reduzir esse tipo de postura. Esse tipo de modelo de política, de grito, de ameaça, de denúncia falsa, com uma série de acusações sem nenhum tipo de pertinência, isso enfraquece a imagem da Câmara”, declarou o político.

Cargos de assessores

Sobre o pedido que teria feito ao presidente da Casa para criação de cargos para assessores especiais, Pedro Américo afirmou que o regimento e a lei municipal montam o gabinete.

“Na montagem do gabinete, são estabelecidos os cargos, e esse é um dos cargos que cada gabinete tem direito. Ele tem prerrogativa exclusiva de outros cargos e são muitos, de oficial de gabinete, de pessoas ligadas à questão da direção da presidência, tem dois cargos a mais para cada membro da mesa. Mas do gabinete ele não poderia fazer. Inclusive ele disse que iria demitir mais assessores, mas ele não pode fazer isso. Ali não é um lugar onde ele pode decidir o que fazer. Existem leis, regimentos, coisas que precisam ser cumpridas. Fiz essa cobrança na tribuna e agora faço publicamente”, justificou.

O vereador Pedro Américo buscou esclarecer ainda que os benefícios do gabinete dos vereadores podem girar em torno de R$ 30 mil, e que seria prerrogativa do presidente da Casa colocar gratificações para os assessores dos vereadores. No entanto, ele não poderia escolher quem será ou não nomeado para o cargo de assessor especial.

“Ele (Fernando Torres) tem o direito de colocar quando o vereador pede gratificação para determinados assessores, e coloca. Está dentro do regimento. O cargo de R$ 4.700 não é prerrogativa do presidente nomear, mas entra dentro desse valor, porque a partir do momento que ele faz a escolha de quem ele vai nomear para o cargo, ferindo o regimento, entra inclusive em ato de improbidade administrativa, no momento que você escolhe quem você quer nomear ou não, e isso se torna um benefício exclusivo para aquelas pessoas que o acompanham, ou que defendem alguma tese dele. Eu sempre o tratei com muito respeito, inclusive tem questões nossas que foram acatadas pela mesa, do ponto de vista da gestão do legislativo. Mas no momento que eu confronto uma questão pontual, sobre o direito do trabalhador do vale-alimentação e do vale transporte deve ser dado, ele acaba se destemperando e trazendo esse debate.”

O vereador acredita que se deve buscar o caminho da serenidade e o equilíbrio. “Essas acusações que ele faz é para ‘jogar pra cima’, tentar criar um ambiente de desgaste, como ele fez com outras pessoas. Eu acredito que os membros da CPI são sérios, e eu não acredito que ele vai tentar usar de nenhum tipo de manipulação para tentar induzir a opinião pública de que a gente cometeu algum ato de irregularidade. Eu entendo que com tranquilidade a verdade prevalece. A fala dele provou que eu estava certo, que essa Casa aqui só está servindo mais para gritar, pra acusar as pessoas, do que para buscar soluções para a cidade."
 

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