Laiane Cruz
O presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, Fernando Torres, voltou a defender na manhã desta terça-feira (1º) o posicionamento da Casa Legislativa de debater as emendas propostas pelos edis e cobrar explicações do executivo sobre como é gasto o dinheiro público. Ele ainda comemorou a decisão da Justiça, que suspendeu a liminar que exigia a anulação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) publicada pela Câmara em novembro do ano passado.
“A semana passada foi uma semana concorrida, difícil, que a Justiça de Feira, o juiz doutor Nunisvaldo foi induzido ao erro. Estivemos lá logo após a sua decisão, e se eu tivesse ido lá antes ele não teria dado a liminar para a prefeitura. Porque o que o presidente do Tribunal colocou em sua decisão foi exatamente o pensamento de todos os vereadores, da imprensa, de todos que acompanham a LOA, que quem faz a LDO somos nós vereadores e não a prefeitura, que não aceita que os vereadores coloquem emendas. O gabinete do prefeito tem 75 milhões, e o vice-prefeito 50 mil reais. Isso é orçamento? Houve estudo, conversa, debate com alguém? A Câmara Municipal de Feira não é contra a prefeitura investir na imprensa, agora tem que dizer para onde está indo 12 milhões de reais. O que a Câmara quer é saber para onde vai o dinheiro. Não queremos pegar o dinheiro público e jogar no lixo”, declarou na tribuna.
Fernando Torres cobrou ainda do prefeito Colbert Martins, promessas que foram feitas durante a campanha à reeleição, como a construção de um novo hospital municipal, e questionou por que a proposta nunca foi incluída no Orçamento.
“O prefeito Colbert prometeu à população de Feira um hospital municipal, mas cadê o hospital no Orçamento? A prefeitura não quer debater com a Câmara porque sabe que mentiu ao povo de Feira e continua mentindo. Prometeu o mundo ao povo de Feira para se eleger e aos vereadores, que a maioria não está satisfeita”, disse.
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O vereador Fernando Torres voltou a acusar o secretário municipal de Saúde, Marcelo Britto, de fazer terrorismo na imprensa, ao tentar colocar a população contra a Câmara Municipal, por ainda não ter votado o Orçamento, ameaçando a paralisação dos serviços que são essenciais.
“O secretário de Saúde vai à imprensa fazer terrorismo e colocar a população contra a Câmara, de que a gente ia fechar a saúde, até eu fiquei com medo. Eu fui deputado federal 8 anos, em 2006 o Orçamento da União foi aprovado em outubro e o país não parou. O Orçamento não votou, pois nós queremos o debate aqui na Câmara, da promessa do hospital, onde está investindo o dinheiro da Comunicação, e queremos saber detalhes do Orçamento. Serviço essencial não pode parar, segundo o MP. Que pare a quantidade de assessores que tem no gabinete do prefeito que não fazem nada e ganham o dinheiro dos nossos impostos”, disparou Torres.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
