Bahia

'Não vejo facilidade em transitar de uma área para outra', diz Jerônimo Rodrigues sobre Secretaria de Saúde

Ele também falou sobre o retorno das aulas semipresenciais.

Gabriel Gonçalves

Na manhã desta terça-feira (10), o governador Rui Costa assinou a ordem de serviço para reforma e ampliação do Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), em Jequié, estando acompanhado do secretário estadual de educação, Jerônimo Rodrigues.

O atual gestor da pasta da Educação no Estado, surgiu como um dos nomes favoritos para a sucessão de Fábio Villas-Boas na secretaria da Saúde (Sesab), exonerado no último dia 3 de agosto.

Ao Acorda Cidade, Jerônimo Rodrigues brincou que a imprensa está bem informada, e destacou que não houve nenhum tipo de conversa com o governador neste sentido.

"Vocês estão bem informados, só o secretário que ainda não ficou sabendo dessa informação. Logo no primeiro mandato do governador eu tive a oportunidade de assumir uma pasta ligada a minha área de formação que foi a de agricultura e desenvolvimento rural, assumi durante quatro anos e me afastei. Logo depois no segundo mandato retorno e assumo outra pasta também da minha área de educação, eu que sou professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), sou militante da educação, e agora com essa mudança do meu colega Fábio, alguns comentários ficam aí na mídia, mas não se teve nenhum diálogo com o governador até porque esta é uma avaliação muito firme. A saúde está muito bem organizada e na área de educação nós fizemos um grande investimento de R$ 1 bilhão na parte pedagógica, estamos vendo todos os indicadores mas sabemos que a pandemia nos trouxe dificuldades. Sei que soldado no quartel quer trabalho, mas até o momento não tinha dado nenhuma entrevista, estou dando agora aqui diretamente de Jequié e afirmo que ainda não há nenhum movimento neste sentido", disse.

Questionado se aceitaria o convite para assumir a pasta da Saúde, Jerônimo Rodrigues explicou que não é fácil transitar de uma pasta para outra, ainda mais para a área da Saúde que neste momento exige bastante atenção.

"O governador ajuda muito além do papel dele como gestor. Todos estão vendo aí que ele anuncia as coisas da educação, ele senta com a gente, desenha junto para ver o melhor modelo de uma escola, de um laboratório, de um refeitório, então desta forma, é muito fácil no sentido de apoiar, mas ele também aperta muito e é algo natural para que as coisas andem da melhor forma possível. Eu não vejo muita facilidade em transitar de uma pasta para outra porque a gente não pode brincar como se estivesse fazendo pirueta. Eu acho que a área da saúde é uma área que exige muito nesse momento do governador Rui Costa, muita responsabilidade e muita técnica para assumir esta pasta", declarou.

Educação

Com relação ao retorno das aulas semipresenciais, e a não aceitação dos professores em querer retornar para as salas de aulas sem completar a vacinação contra a Covid-19, o secretário destacou que é importante respeitar a escolha seja dos estudantes ou dos professores que neste momento, acreditam que não é o momento de retornar para as unidades escolares.

"Eu como gestor e educador, me obriga a ter um tratamento diferenciado porque os professores assim como os pais e estudantes ainda permanecem com um certo medo e isso é natural para quem tem algum grau de comorbidade. Então está garantido que a pessoa fique em casa, apresente um atestado médico para cumprir o direito dessa pessoa que tem comorbidade. Com relação ao corte dos salários dos professores, eu não quero abordar. Estamos a quase um ano e meio aí, os estudantes ficaram sem ir as escolas e quando se teve o processo do remoto, aconteceu a mesma coisa, não queriam voltar porque era a distância e com muita dificuldade, com muitos desafios, hoje reconhecemos o trabalho que fizemos", disse.

Segundo Jerônimo Rodrigues, caso venha acontecer alguma situação como foi registrado no município de Dias D'Ávila, de casos de covid-19, as aulas serão suspensas por determinado período.

"As escolas estão seguindo com os protocolos e se tiver alguma movimentação como aconteceu em Dias D'Ávila, não tenho nenhum receio em dizer isso, mas tivemos um problema com uma professora de uma escola, onde ela teve o teste positivo. Suspendemos as aulas por 10 a 15 dias, voltamos para a modalidade remota, então se isso vier a acontecer, estaremos prontos. Mas não podemos colocar as coisas para competir com outras, estamos com toda estrutura equipada, entrega de máscaras, álcool em gel nas escolas, capacitação dos profissionais para que possamos manter o nosso cuidado, pois nesse momento, isso é muito importante", afirmou ao Acorda Cidade.

De acordo com o secretário, a frota de ônibus está sendo regularizada em cada município. Segundo ele, a demora em algumas cidades, está acontecendo por conta das licitações que estão sendo feitas.

"Como não estava tendo aula, os contratos precisaram ser suspensos porque o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), estava caindo em cima, então agora que as aulas estão sendo retomadas de forma presencial, esses contratos estão voltando também. Porém é necessário ter um tempo das licitações de contratação. Alguns municípios já até colocaram os amarelinhos, mas as vezes não é suficiente e precisa fazer revezamento, então desta forma, pedimos a sensibilidade das prefeituras para que a gente possa normalizar esse processo, mas claro, mantendo todo cuidado e medindo os riscos", concluiu.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

 

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