Milton Brito reafirma acusações e diz que manter Lucena é inconstitucional

As acusações do chefe do gabinete do prefeito Tarcízio Pimenta, advogado Milton Brito, contra o procurador geral do Município, Carlos Lucena, ganham proporções cada vez mais surpreendentes. De  comentário em um blog da cidade a debate entre os vereadores, foi tudo muito rápido. Até o prefeito se posicionou. No final da manhã, Brito reafirmou tudo e manteve sua posição contra a recondução do procurador, por considerar a prática inconstitucional.
 
"A Câmara é soberana. Se ela aprovar a indicação, cabe a mim acatar e conviver com ela. Agora ninguém pode me tirar o direito de me manifestar", disparou Milton Brito, entrevista ao repórter Luis Santos, no programa Linha Direta, na Rádio Sociedade, no final da manhã. Ele disse que manifestou a sua maneira de pensar, embasado em informações sobre a inconstitucionalidade da recondução ao cargo por um número infinito de vezes.

No entendimento do jurista, a recondução ao cargo de procurador deve ser apenas uma vez e reiterou que não há qualquer intenção de censurar o prefeito. "A minha preocupação é manter a integridade da administração", frisou Brito, ao recomendar precaução ao governo. Ele informou que recebeu cópias de processos onde o procurador realmente foi indiciado. "As provas estão nos autos", disse, acrescentando que existem processos em que Lucena recebeu dinheiro de empresas e foi indiciado pelo procurador da República Vladimir Aras.

O advogado lembrou ainda que  o ex-prefeito Clailton Mascarenhas respondeu a vários processos tendo Carlos Lucena como procurador "e José Ronaldo também", conforme frisou. Sobre o fato de seu nome ter sido cotado para o cargo, Milton Brito assegurou que não há qualquer pretensão nesse sentido – ele foi chefe do serviço jurídico no governo do ex-prefeito e Colbert Martins – mas sugeriu que "no município tem muita gente competente e a alternância do poder é saudável".