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A Odebrecht informou nesta sexta-feira (20) que Marcelo Odebrecht foi desligado da empresa. A assessoria de imprensa não informou o motivo do desligamento de Marcelo, e respondeu apenas que a medida foi tomada "seguindo os ritos de governança do grupo".
A empresa também não informou o cargo que Marcelo ocupava. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, apesar de afastado de qualquer função executiva desde que foi preso, em 2015, Marcelo continuava na folha de pagamentos da empresa, com remuneração de R$ 115 mil mensais. O colunista informa ainda que quem demitiu Marcelo foi seu pai, Emílio Odebrecht.
Ainda de acordo com o colunista, a demissão ocorreu por ordem de Emilio Odebrecht, atual mandatário da Kieppe Participações, holding da família que controla a Odebrecht S.A.
O desligamento de Marcelo ocorre três dias depois de a Odebrecht anunciar a troca da presidência do grupo. A empresa, que está em recuperação judicial, anunciou na terça-feira (17) a holding da família que controla o grupo aprovou a saída de Luciano Guidolin da presidência da empresa e sua substituição por Ruy Sampaio, que estava à frente do conselho de administração.
Para o lugar de Sampaio na presidência do conselho de administração da Odebrecht S.A foi aprovado o nome de José Mauro Carneiro da Cunha, que já foi presidente executivo e do conselho da operadora de telefonia Oi.
As mudanças ocorreram às vésperas de uma assembleia de credores marcada para quinta-feira (19) e em meio a uma disputa na família Odebrecht, segundo reportagem publicada pelo "Valor Econômico".
Fonte: G1