Brasil

Justiça em Brasília autoriza mãe de Geddel a depor por escrito no caso das malas com R$ 51 milhões

Marluce Vieira Lima havia pedido segundo adiamento de interrogatório, alegando problemas de saúde. Juiz concedeu prazo de 15 dias para respostas.

Acorda Cidade

O juiz substituto da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, Ricardo Leite, autorizou Marluce Vieira Lima, mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima, a depor por escrito no processo que apura a origem dos R$ 51 milhões encontrados em malas de dinheiro em um apartamento em Salvador (BA).

A defesa tentava adiar novamente o interrogatório, que estava marcado para esta sexta-feira (15), alegando problemas de saúde de Marluce, mas Leite não concordou.

Marluce é mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do deputado Lúcio Vieira Lima, ambos do MDB-BA. Os três são réus no caso, acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O juiz decidiu conceder um prazo de 10 dias para que o Ministério Público Federal (MPF) formule as perguntas a Marluce.

Depois desse prazo, a defesa da ré terá mais 10 dias para preparar suas perguntas. Marluce terá então 15 dias para responder. Os prazos começam a contar a partir de segunda-feira (18).

Dessa forma, a mãe de Geddel poderá responder as perguntas até 25 de março.

“Caso não haja possibilidade sequer de que de a acusada responda a essas perguntas, deverá o atestado médico consignar expressamente esta ressalva”, determinou o magistrado.

No fim de outubro, Marluce pediu e conseguiu adiar seu interrogatório por problemas de saúde.

À época, ela respondia ao processo no Supremo Tribunal Federal. Mas o ministro Edson Fachin, relator do caso, considerou que o fato de Marluce não ter sido ouvida paralisou o processo. E decidiu enviar somente o caso dela para a primeira instância da Justiça, a fim de que o processo não ficasse parado.

Os filhos de Marluce, Geddel e Lúcio, compareceram ao interrogatório no STF no ano passado mas ficaram em silêncio.

O interrogatório é uma das fases finais do processo. Após o último réu ser ouvido, o juiz deve abrir espaço para as alegações finais das partes (MPF, acusados), ultimas considerações sobre os fatos apurados no processo.

Eventualmente, alguma nova diligência (procedimento) pode ser pedida e aceita pelo juiz responsável. Após o período das alegações finais, última fase de instrução do processo, o juiz decide se condena ou absolve o réu.

Fonte: G1

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