Feira de Santana

Irmão Lázaro diz que é hora da oposição se reestruturar e que José Ronaldo deveria ser candidato ao governo do estado outra vez

Lázaro disse ainda que o fato de José Ronaldo ter aceitado o desafio de substituir ACM Neto na campanha o tornou um candidato com potencial.

Andrea Trindade

A expressiva votação de José Ronaldo, para o governo do estado, mesmo com pouco tempo de campanha, transformou o ex-prefeito de Feira de Santana em um nome forte para as próximas campanhas para o Governo do Estado, na opinião do deputado federal Irmão Lázaro.

Ele esteve presente, na tarde desta segunda-feira (8), na coletiva do ex-prefeito e declarou em entrevista ao Acorda Cidade que ficou decepcionado com a forma como a desistência do prefeito de Salvador ACM Neto foi recebida e que é hora de reconstruir a oposição.

“Minha decepção é como a desistência do ACM Neto foi encarada, a formação das chapas proporcionais e os movimentos arriscados dos partidos. Vimos aí o resultado digamos que desastroso de toda essa movimentação. Acredito que agora que as eleições passaram temos que reconstruir a oposição. A minha opinião é que esta reconstrução seja feita em torno do nome de José Ronaldo. Acredito que no dia 1º de janeiro nós já tínhamos que começar a trabalhar na expectativa de José Ronaldo ser mais uma vez candidato a governador da Bahia”, declarou.

Lázaro disse ainda que o fato de José Ronaldo ter aceitado o desafio de substituir ACM Neto na campanha o tornou um candidato com potencial.

“Eu não vou falar do grupo, mas acredito que a partir do momento que o prefeito ACM Neto decidiu não sair candidato, houve uma desorientação em relação a todo os membros do grupo. Não estou aqui para julgar os motivos dele e tem que ser respeitado, mas acredito que isso tornou o prefeito José Ronaldo em uma espécie de herói – por ele aceitar um desafio desse. Não houve um tempo hábil para mostrar José Ronaldo para a Bahia inteira e mesmo assim ele teve um resultado que, pelo tempo de campanha, analiso como espetacular”, enfatizou.

Sobre o fato de não ter sido eleito senador, Lázaro afirmou que no momento não tem planos políticos e que vai aguardar o resultado da eleição para presidente no segundo turno.

“Vou esperar a eleição para presidente terminar, saber o que vai acontecer e depois tomar decisões. Bolsonaro é muito meu amigo, torço por ele, mas vou continuar conversando com José Ronaldo e o grupo e vamos tomar essa decisão juntos daqui para sexta feira”, disse.

Candidatura ao senado

A quantidade de votos nulos para as duas vagas da Bahia no Senado foi maior do que a votação do Irmão Lázaro (PSC), que ficou em terceiro lugar com 15,37% dos votos válidos. Sobre este resultado, ele disse que as pessoas preferem anular o voto por conta da insatisfação com o cenário político. Ele também comentou sobre as pesquisas divulgadas antes da eleição que o mostravam empatado tecnicamente com Ângelo Coronel, que se elegeu na 2ª vaga ao senado ao lado de Jaques Wagner (PT), que ocupou a 1ª vaga.

“Sobre esta quantidade de votos nulos acho um comportamento normal do eleitor, acho que há uma insatisfação geral em relação ao quadro de políticos do país e infelizmente as pessoas preferem anular o voto como sinal de protesto. Quanto à votação ao senado, acho que a estratégia do governo foi melhor aceita pela população. É um sistema democrático e a única coisa que a gente pode fazer é aceitar o resultado, parabenizar os nossos adversários e seguir com a vida, nos colocando a disposição para continuar sendo útil para a vida das pessoas. A Bahia é campeã nestas questões de institutos de pesquisas. Há muitos anos as pesquisas na Bahia não trazem realmente a realidade que será nas urnas, mas entendo o tamanho do meu adversário. Não saímos envergonhados, foi uma batalha bonita e acredito que o resultado me deixou muito mais fortalecido do que quando eu entrei no processo”, afirmou.

Lázaro lamentou não ter feito a campanha para o senado em conjunto com Jutahy Magalhães Júnior, como fizeram os senadores eleitos Wagner e Coronel, e disse que não houve problemas com ACM Neto durante a campanha.
“Apesar de nós nos darmos muito bem, não há intimidade para que haja arranhões com o prefeito ACM Neto, normalmente arranhões ficam entre pessoas que se relacionam de forma mais íntima, e a minha relação com ele não é íntima, é uma relação de respeito. Eu o respeito e ele me respeita, tenho muita consideração por ele, muita admiração, e com o tempo até estreitaríamos mais. Agora, houve uma resistência por parte de Jutahy, ele não me queria na chapa, mas logo no finalzinho ele concordou, só que não foi o suficiente para a gente fazer a campanha juntos e foi algo que me entristeceu porque eu queria colaborar mais. Eu pedi voto para ele e acho que ele pediu sim voto para mim, mas algo que eu saí insatisfeito dessa campanha foi com a negativa de nós fazermos o programa de TV juntos, isso nos ajudaria muito, como a oposição fez. Sobre a votação em Feira de Santana, correspondeu muito, fiquei muito satisfeito.

Com relação ao fato de não ter sido eleito senador, Lázaro afirmou que no momento não tem planos políticos e que vai aguardar o resultado da eleição para presidente no segundo turno.  “Vou esperar a eleição para presidente terminar, saber o que vai acontecer e depois tomar decisões. Bolsonaro é muito meu amigo, torço por ele, mas vou continuar conversando com José Ronaldo e o grupo e vamos tomar essa decisão juntos daqui para sexta-feira”, disse.
 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

 

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