A vereadora Eremita Mota, presidente da Câmara Municipal, declarou em entrevista ao Acorda Cidade nesta segunda-feira (6), que antes mesmo de assumir a gestão, já existia uma política contrária a ela para que não tomasse posse. E mesmo após o dia 1º de janeiro, essa prática continua.
“Desde quando eu ganhei a eleição, há essa política contrária, que vem tentando me tirar. Fizeram um trabalho em dezembro que foi uma vergonha para a população de Feira, com relação a muitas coisas criadas pelo ex-presidente, que deixou um ‘doce na boca’ e agora eles não se conformam. Deveriam ter pelo menos paciência. Mesmo que o ex-presidente fosse reeleito, o governo dele recomeçaria em 2023, e ele deixou uma dívida do Green Card de R$ 700 mil e não deixou restos a pagar, criando esse problema com a recarga do cartão, onde já cumprimos a liminar e pedimos para recarregar, acionamos a empresa. Se tiver alguma coisa do lado político, não vou permitir que politizem”, afirmou Eremita Mota.
Na avaliação pessoal dela, o ex-presidente da Casa, Fernando Torres se arrependeu de não ter concorrido à reeleição. Ela ainda declarou que Torres deixou as instalações da Câmara em más condições estruturais, após ter feito devolução de recursos ao município.
“Devolveu dinheiro para a prefeitura, mas deixou a Casa sem papel higiênico, os carros sucateados, os prédios cheios de goteiras, quando chovia tinha que carregar as mesas para o outro lado. Agora o problema do ex-presidente é que eu acho que ele tem um recalque, se arrependeu por não concorrer à eleição. Ele se arrependeu tanto que depois ele me dizia o tempo inteiro que eu não iria assumir. Isso parece que está continuando. Eu soube nos bastidores que o ex-presidente disse que gasta o que for mas não permaneço no mandato. Isso já virou corriqueiro. Ele sabia que ele não iria se reeleger, pois não tinha grupo. Eu formei meu grupo e me elegi.”
Também em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã de hoje, Fernando Torres negou que tenha deixado dívidas para a ex-presidente pagar.
“A presidente fala que eu deixei uma dívida, mas ela sabe que não é verdade. O que aconteceu foi que Green Card todo começo de mês ele faz a recarga no cartão dos servidores, e foi feita a recarga dia 2 de janeiro, que a presidente era ela. Com isso eu não deixei dívida nenhuma. Ao contrário, no primeiro ano, devolvi R$ 2,5 milhões à prefeitura, o segundo ano, eu devolvi R$ 1,5 milhão. Com isso, devolvi R$ 4 milhões em dois anos à prefeitura. A recarga foi referente ao mês de janeiro, que ela já era presidente. Se ela dia 2 não procurou saber o que acontece na Câmara, já não é problema meu. Ela poderia ter ligado para a empresa para que não recarregasse os cartões dos servidores efetivos e comissionados”, justificou.
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