Rachel Pinto
O candidato a prefeito em Feira de Santana, Jhonatas Monteiro do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) obteve 27.503 votos. Ele avaliou que a votação deste ano foi equivalente ao número de votos que ele recebeu na eleição passada e destacou que o processo de votação apresentou algumas particularidades que refletiram no resultado das urnas.
Jhonatas pontuou que a eleição foi impactada principalmente pela mudança das regras eleitorais. De acordo com ele, esse fato teve pontos positivos e negativos.
“Em alguns aspectos isso teve pontos positivos. Como por exemplo, aproximar o processo eleitoral mais da forma como nós do PSOL fazemos que é uma campanha de corpo a corpo. Mas, ao mesmo tempo ela também foi mais curta e permitiu também um menor tempo para que as pessoas amadurecessem o processo eleitoral, as escolhas dos candidatos, as alternativas colocadas para a disputa”, afirmou.
Jhonatas disse que a expectativa era que existisse o segundo turno em Feira de Santana. Mas, apesar disso as eleições marcaram uma consolidação do PSOL em Feira de Santana especialmente em relação ao número de eleitores do partido.
“Marca uma consolidação, já que nós não tivemos recuo, do ponto de vista dos votantes. Nós mantivemos um patamar de votos significativos, fazendo uma campanha limpa. Tanto do ponto de vista das propostas, como do ponto de vista de se negar fazer aquilo que as outras forças fazem, que é a compra votos, troca de favores e uma série de coisas que marcam infelizmente ainda a política do município”, enfatizou.
Eleições 2018
Jhonatas Monteiro informou também que há possibilidade dele ser novamente candidato a deputado estadual nas eleições de 2018. De acordo com ele, há uma grande probabilidade, mas essa decisão é feita junto com o partido. As candidaturas do PSOL são candidaturas coletivas que representam um projeto coletivo e a decisão é feita de forma conjunta.
Avaliação de Câmara
Sobre a renovação dos vereadores de Feira de Santana, Jhonatas afirmou que houve uma mudança de nomes, mas infelizmente isso não mostra uma mudança na prática dos vereadores.
“O cenário já era complicado anteriormente. Independente da questão de situação de oposição, nós tivemos um problema maior que era a falta de qualidade do trabalho legislativo. Quem acompanha a produtividade da câmara do ponto de vista da discussão, daquilo que é importante para a cidade, dos assuntos de interesse público, daquilo que é importante do ponto de vista das necessidades da população já ficava horrorizado porque o quadro já era muito ruim. A renovação que aconteceu na câmara de cerca da metade da câmara para esse novo mandato, ela marca uma mudança de nomes. Mas, infelizmente a prática dos candidatos continua a mesma ao que parece. Tanto dos antigos , quanto dos novos que entram sem qualquer tipo de proposta de mudança . O cenário que a gente tem para Feira de Santana é uma maior dificuldade dos assuntos que são relevantes para a sociedade”, completou.
Crescimento do PSOL
O professor Jhonatas ressaltou também o crescimento do PSOL em Feira de Santana e em todo o país. O partido tem agregado muitos jovens e aumentado o número de filiações nos últimos anos.
“Democratizar a sociedade permitindo que a população tenha mais poder de decisão, que as políticas públicas se fortaleçam para garantir direitos sociais até hoje não cumpridos previstos na constituição e se possível avançar pensando em outro modelo de sociedade, são desejos que têm crescido em contrapartida ao descontentamento muito grande da população com a política tradicional. O PSOL ter crescido é também um sintoma disso”, acrescentou.
Gastos na Campanha
Jhonatas relatou ainda que o partido está realizando o balanço dos gastos durante a campanha e a estimativa é que foi gasto a média de 60 mil reais.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.