Andréa Trindade e Rachel Pinto
O médico e ex-prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, foi agredido na tarde deste domingo (15), próximo ao Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG) em Feira de Santana com vários chutes e pancadas na cabeça. Após a agressão ele foi levado por familiares para um hospital particular da cidade, onde foi medicado.
Tarcízio Pimenta disse em entrevista ao Acorda Cidade que foi surpreendido por três homens, quando estava gravando um vídeo sobre saúde para as suas redes sociais. Sentindo muitas dores, o médico considerou a agressão como uma atitude covarde.
Foto: Reprodução | O médico foi agredido com vários chutes e pancadas na cabeça
“Três caras vieram pelas minhas costas, me empurraram, me chutaram e foi uma covardia. Ainda tem gente comentando que eu estava bêbado, o que é mentira. Dois homens estavam de chapéu e o outro sem e eu acho que eles estavam me esperando. Foi tudo muito rápido e eu estou sentindo muitas dores no tórax e na cabeça. Eu não estava falando de ninguém, estava falando de saúde, como eu sempre faço. É a primeira vez que acontece um fato desse comigo”, declarou.
Tarcízio Pimenta também informou que procurou atendimento em um hospital particular, mas que não conseguiu. Segundo ele, o hospital alegou que não poderia atendê-lo porque ele não estava com a carteira de identidade. O médico portava apenas o cartão do convênio de saúde.
“Uma coisa lamentável, um médico chegar ao hospital e ser rejeitado porque não tem a carteira de identidade. Estou com meu plano de saúde pago, mas eles me negaram o atendimento”, contou.
A esposa de Tarcízio Pimenta, Graça Pimenta, que é enfermeira e candidata a vereadora, disse que ficou assustada quando recebeu um vídeo com imagens da agressão.
“Quando peguei meu celular, a primeira imagem que vi foi o vídeo dele caído no chão. Aí fiquei desesperada. Liguei para ele, e ele disse que já estava no Emec, fui lá, demorou e não foi atendido. Fomos pro São Matheus. Como é que uma pessoa trata outra assim? Eu acho que foi um ato de covardia essa agressão. Infelizmente a política de Feira de Santana chegou a este nível de agressão. Não há respeito. Tarcízio é uma pessoa que sempre trabalhou na medicina, sempre cuidou de pessoas, e infelizmente três pessoas fizeram uma coisa dessa. Espero que essas pessoas não precisem de um atendimento dele. O que a gente viu foi as pessoas morrendo de covid-19 e os governantes e os vereadores não fizeram nada”, reclamou.
A filha de Tarcízio, Bruna Pimenta, que é advogada, disse ao Acorda Cidade que já identificou o local e vai buscar imagens em câmeras de segurança. “A gente já identificou o local da agressão, é monitorado por câmeras e vamos buscar essas imagens, vamos identificar esses agressores. Isso não vai ficar assim. Nós vamos atrás, até o final. Quem fez isso vai responder”, afirmou.
Brenda Pimenta, outra filha de Tarcízio, lamentou o fato. “Fico indignada porque ainda existem pessoas covardes, e que ainda concordam com esse tipo de atitude. Eu espero sinceramente, que nenhum de vocês que estejam concordando, rindo ou fazendo chacota destas coisas, precisem passar ou tenha algum parente que passe por um atrocidade dessa”, declarou.
O que diz o hosptial
Em nota publicada, o Hospital Emec afirmou que o atendimeto não foi negado, como relatado acima pelo ex-prefeito e sua esposa.
"Rechaçamos rechaçamos a informação de que ao se dirigir às dependências do Hospital EMEC, lhe fora negado atendimento por encontrar -se sem documento de identificação. Em verdade, o Sr. Tarcízio Pimenta compareceu à recepção do Hospital EMEC precisamente às 15:28h e foi atendido pela recepcionista exatos cinco minutos após sua chegada, apresentando documento de identifcação de seu plano de saúde com a data de validade vencida, o que levou à fazermos contato com a operadora para validar o atendimento. Ainda assim, foi aberta Ficha de Atendimento e colocada a pulseira de identificação para triagem, sendo orientado que o mesmo aguardasse o atendimento. Após breve período, o mesmo solicitou a devolução de seu documento e retirou-se da recepção sem prestar esclarecimento."
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade