Daniela Cardoso e Ney Silva
O sorteio da propaganda eleitoral no rádio e na TV e o tempo diário por partidos foram definidos em reunião ocorrida na tarde desta quinta-feira (18) na sede do Fórum da Justiça Eleitoral, em Feira de Santana. O encontro foi coordenado pela equipe da 155ª Zona Eleitoral, que tem como chefe de cartório, Márcio Freitas. Participaram do evento advogados, representantes de partidos e dos candidatos.
Dos seis partidos e coligações que vão disputar a eleição majoritária para prefeito, um deles, o PCO (Partido da Causa Operária), que tem como candidato o estudante Leonardo Pedreira, não mandou representante, mas foi incluído dentro do tempo junto com os demais partidos. As coligações É Hora de Mudar (PT), Uma Nova Opção para Feira (PP), Por Uma Cidade Criativa, Inclusiva e Sustentável (PSB), Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e a coligação O Trabalho Vai Continuar (Democratas) participaram do evento.
Na opinião de Márcio Freitas, o evento foi importante, pois serve para definir as regras para distribuição de tempo de propaganda eleitoral de rádio e TV. “Aqui aconteceu o sorteio e a ordem dos partidos e coligações e geramos relatórios com material que será disponibilizado para as emissoras de rádio e TV para que elas possam receber essas mídias e os partidos possam já produzir seus programas”, disse.
Representando o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o economista e professor, José Caetano, disse que de um modo geral, a legislação eleitoral desfavorece os partidos que optam por manter a coerência e não sair em grandes coligações. “A gente acaba saindo um pouco em desvantagem com relação ao tempo de TV e rádio. Mas a gente avalia que esse é o preço que a gente paga por manter a coerência. Faremos de tudo para apresentar todas as nossas propostas e tudo que a gente acumulou de experiência em debates sobre a cidade”, salientou.
Representando a coligação É Hora de Mudar, o professor Aurelino Bento, disse que o tempo definido no rádio e na TV para os partidos e coligações vai ter um custo menor na elaboração dos programas eleitorais nessa eleição de 2016, diferente de eleições anteriores em que o programa eleitoral era de meia hora e o custo de mídia era muito alto. Além disso, o professor acha que os programas eleitorais vão ser mais atrativos para os ouvintes e telespectadores por ser de apenas 10 minutos.
O presidente do diretório municipal Democratas, João Marinho Gomes Junior, afirmou esperar que as mudanças na legislação eleitoral possam contribuir para a redução dos custos da campanha. Ele achou importante a distribuição da propaganda eleitoral para vereador através de inserções durante a programação nas emissoras de rádio e TV.
Na opinião de João Marinho Gomes Junior, essa vai ser uma campanha muito difícil em termos de financiamento. “Infelizmente o Brasil tem essa mania. Estamos acostumados a tomar decisões em cima da emoção. Essa decisão que alterou a legislação eleitoral foi estúpida, em proibir doações de empresas, porque alguém estava falsificando doações. É a história de se quebrar um termômetro para debelar uma febre. Se não tem doações de empresas, quem vai doar? Só pessoas físicas? As condições são bem menores”, afirmou.
Segundo João Marinho, nas próximas eleições, daqui há dois anos, os deputados vão mudar de novo a lei, permitindo que as empresas possam contribuir com os candidatos.
Os programas eleitorais no rádio e na TV terão duração de 10 minutos. Nas emissoras de rádio os programas serão veiculados das 7h as 7h10 e 12h as 12h10. Já na TV serão exibidos das 13h as 13h10 e das 20h30 as 20h40.
Veja o tempo diário e total dos 35 dias de campanha, que começa dia 26 de agosto e termina dia 29 de setembro, totalizando 35 dias: