Nesta quarta-feira (3), o jornalista e analista político Humberto Cedraz fez uma análise sobre as pré-candidaturas para a eleição municipal de Feira de Santana, que contará com candidatos já conhecidos e alguns novos.
“Temos um candidato alinhado ao bolsonarismo, com um eleitorado específico, embora este candidato seja de fora e esteja se filiando agora para disputar a eleição. Além disso, temos outros nomes reconhecidos na cidade, como José Ronaldo, Zé Neto, Pablo Roberto e Arimateia. O Partido Republicano não lançará candidato à prefeitura de Feira, e já está acertado que concederá o vice na chapa de José Ronaldo de Carvalho. Assim, Arimateia, que foi cogitado anteriormente, não será mais o vice”, afirmou Cedraz.
Ao longo da conversa, Humberto Cedraz destacou ao Acorda Cidade que esta será uma eleição acirrada.
“Na eleição acontecem fatos que mudam o destino dela na véspera. Essa polarização inicial é comum entre os mais conhecidos, pois já disputaram várias eleições. Pode ser que surja um candidato novo, com propostas inovadoras, capaz de encantar a sociedade. No entanto, é certo que o cansaço e o desgaste influenciam. Com base em pesquisas registradas, a maioria das pessoas quer gente nova, mas na hora do voto, não vota no novo, continua nos velhos. A política de interior funciona assim”, sinalizou.
Sobre a possibilidade de uma terceira via nas eleições, o analista político destacou a possibilidade, desde que o novo candidato seja atraente e encante.
“É necessário apresentar propostas convincentes e uma liderança forte para que a sociedade se encante com esse novo candidato. As palavras vazias não convencem. É preciso que esse novo líder inspire confiança. Se não transmitir firmeza, se ficar babando ao conversar, gaguejando sem saber o que vai dizer, não vai para lugar nenhum”, defendeu.
Mudanças
Com as federações, o número de candidatos que disputarão as eleições diminuíram, relatou Humberto.
“Em Feira de Santana, 21 candidatos devem participar do pleito. Como são 22 por cada partido ou federação, deverão se candidatar entre 462 candidatos no máximo. Na eleição anterior, tivemos quase 700. Deverão se candidatar entre 440 a 450. Esse é um grande problema, é candidato demais para menos vagas”, esclareceu.
Humberto Cedraz frisou ao Acorda Cidade que a maior dificuldade é prever quem terá vaga para se pronunciar como candidato.
“Atualmente, os partidos que estão recebendo mais candidatos são aqueles ligados a grupos mais fortes, como os que apoiam ou se opõem à prefeitura. Partidos como União Brasil e PP têm muitos vereadores e candidatos fortes, com mais de 3 mil votos. Esses farão um número de candidatos, não tão grande quanto tem, por exemplo, vai ter partido que tem cinco, seis, sete candidatos e elege três, os outros quatro saem. E daí por diante, é por aí. E os outros partidos vão para essa briga de 1.500 votos, quem fizer é quociente. Ou ter 20% dos votos, 3 mil, e ficar nas sobras que tiver para o preenchimento das cadeiras”, explicou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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