Laiane Cruz
O ex-candidato Ângelo Almeida, que concorreu ao cargo de prefeito de Feira de Santana pelo PSB, na eleição do último domingo (2), afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que não esperava um resultado tão baixo nas votações. Ele obteve apenas 2.763 votos, menos de 1%, ficando em penúltimo lugar no pleito eleitoral.
“A avaliação da minha parte em termos de resultado é que não foi o esperado. Porém, fiquei muito feliz de ter participado intensamente de uma eleição em uma cidade que é minha, pude estudá-la melhor, conhecê-la nas suas peculiaridades, suas diferenças, debates e encontros, seminários, conversas, reuniões com setores da sociedade; tudo isso me enriqueceu nesse processo”, afirmou Ângelo Almeida.
Ele acredita que a oposição demonstrou certa fragilidade nessa eleição, e que de agora em diante irá dialogar sobre os pontos que precisam ser trabalhados. Ângelo desejou sorte ao prefeito reeleito José Ronaldo de Carvalho (DEM) e espera que ele tenha humildade para acompanhar as novas propostas e ideias que foram levadas para os debates durante o processo.
Ângelo Almeida ressaltou que fez uma campanha dentro das possibilidades. “Apresentamos uma proposta de campanha do que nós podíamos fazer, do que estava ao nosso alcance. Colocar um programa de televisão com apenas 54 segundos, fizemos um bom trabalho de redes sociais, conseguimos colocar um programa de rádio no ar, tudo possível. Os nossos candidatos a vereadores era todos novos, de primeira candidatura, que muitos se descobriram para a política a partir desse processo. Tudo muito novo”, disse.
Ainda sobre as estratégias de campanha, ele reconheceu que elas não alcançaram o eleitor feirense do modo esperado e criticou o modelo político da atual gestão.
“A força da organização da máquina pública em Feira de Santana é muito bem trabalhada. Não vou entrar no mérito delas, se eu as julgo corretas ou não. Aliás, a Polícia Federal andou investigando uma parte pequena disso e o que encontrou não foi pouca coisa. Coincidentemente todos que estavam envolvidos neste processo são da base deste governo. Penso que esse método de fazer política, onde o agente político atua em ações de instituições públicas de saúde e de educação já não é mais para estar acontecendo, e infelizmente Feira optou por esse modelo e vai continuar com ele”, declarou.
Vaga na Assembleia
Apesar da derrota nas urnas de Feira de Santana, Ângelo Almeida diz que as expectativas em torno da vaga de deputado estadual em 2017 são grandes. Ele terceiro suplente na coligação PT, PP, PSD, PR, PTB e deverá assumir a vaga por conta da eleição de Temoteo, em Teixeira de Freitas, Rogério Andrade, em Santo Antônio de Jesus e Robério Oliveira, em Eunápolis, os quais são filiados ao PSD.
“Precisamos esperar a posse desses eleitos em 1º de janeiro, e depois desses eventos vamos aguardar as providências do presidente da Assembleia para saber se vou tomar posse ou não”, disse.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.