O deputado estadual Binho Galinha (PRD) repudiou, em nota de esclarecimento, as declarações do deputado Adolfo Menezes, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), sobre a análise do caso referente à Operação da Polícia Federal denominada “El Patron”. Binho Galinha é apontado como principal alvo da investigação de um esquema de milícia com atuação na região de Feira de Santana. Conforme a Polícia Federal, o grupo é investigado por lavagem de dinheiro obtido de atividades ilícitas como jogo de azar, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
Na nota ele classificou como “ilação” a fala de Adolfo e afirmou que não teve ainda a oportunidade de apresentar sua versão sobre os fatos, tampouco suas provas em resposta às acusações. Diante da acusação, ele anunciou que apresentará sua defesa nesta semana (Veja a nota no final desta matéria).
Segundo o Bahia Notícias, parceiro do Acorda Cidade, o presidente da Assembleia declarou que a análise do caso não tem avançado devido ao temor de represálias, sobretudo na comissão de ética. Para Menezes, os deputados se sentem “reféns” e com “medo” de avançar nas investigações contra o colega. A situação já tinha sido apontada por fontes que pediram anonimato.
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“Receio pela gravidade do problema. Em resumo, medo. Vocês viram na imprensa a gravidade e o tamanho do problema que é. Não sou eu que estou dizendo. A justiça foi quem pegou todas a provas. Cabe ao presidente solicitar aos líderes, como foi solicitado a Rosemberg [situação] e a Alan [Sanches, da oposição]. Mas o que é que os deputados dizem: ‘se três juízas já correram de julgar o caso, como a gente vai entrar num negócio desse andando no interior?’ Eu não tiro a razão delas. O cara vai ser herói, e aÍ”, comentou o presidente da Alba durante encontro com a imprensa na última terça-feira (3).
Na segunda-feira (2), um homem foragido da Justiça e apontado como braço direito do líder da organização foi preso. Na semana passada, um advogado de um policial militar já detido também foi alvo de mandado de prisão. A suspeita é que o defensor trazia recados do policial preso com orientação para destruir provas que pudessem comprometer ainda mais a organização criminosa.
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