Roberta Costa
O debate ocorrido ontem (25) em São Paulo, transmitido pela TV Record foi dividido em três blocos. Nos dois primeiros blocos, os candidatos tiveram direito a fazer duas perguntas entre si, com direito a réplica e tréplica. No terceiro bloco, cada um teve direito a uma pergunta e, em sequência fizeram as considerações finais.
Dilma (PT) e Serra (PSDB), debateram durante 1h30 e os temas mais abordados foram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a região Nordeste, denúncias de corrupção, Prouni, projeto ficha limpa, saúde, exploração do petróleo do pré-sal, empregos e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Dilma começou o debate perguntando a Serra sobre o PAC e sobre suas propostas para a região Nordeste. Ele afirmou que o PAC é uma “lista de obras” que não realizou 1/7 do que propunha até o momento.
O debate correu em duas vias, Dilma denunciando Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto e Serra denunciando Erenice Guerra. Para Dilma, o ex-diretor de engenharia da Dersa, Paulo Preto, é responsável por ter desviado R$4 milhões de contribuições para a campanha de Serra, que nega as afirmações. Em contrapartida, o tucano acusa a candidata Dilma de ter envolvimento com o caso Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, que deixou o cargo após escândalo sobre um possível trafico de influência realizado por seus familiares.
Dilma acusou Serra de tentar se apropriar do Bolsa Família e Serra a acusou de contradição durante a campanha, quando se falou em aborto e privatizações. O tema Meio Ambiente, bandeira de Marina Silva (PV) também foi focado pelos candidatos. Serra atacou o governo Lula e minimizou a geração de 14 milhões de empregos pela atual gestão.
Quanto o assunto foi segurança pública também foram notadas divergências entre os candidatos. Serra, que defende a criação do Ministério de Segurança Pública, ironizou as Vants (veículos aéreos não tripulados) defendidos por Dilma.
Nas considerações finais, Dilma se voltou para o eleitorado do Nordeste ao afirmar que “Nunca mais o Nordeste, no que depender do meu governo, será tratado como região de segunda categoria”. Serra enfatizou a importância da eleição: “Quero um Brasil de punhos fechados, mas a fraternidade entre todos os brasileiros, quero união entre todos os estados, não o antagonismo”.