Feira de Santana

CPI do lixo pode ser aberta para investigação de contrato em Feira de Santana

O processo já possui 15 assinaturas favoráveis.

Gabriel Gonçalves

Durante o uso da tribuna livre da Câmara de Vereadores na manhã desta quinta-feira (5), o vereador e presidente da Casa, Fernando Torres (PSD), afirmou que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será aberta para investigar a licitação da empresa vencedora para prestar o serviço na cidade.

"Estou começando a coletar dados e eu vi uma coisa muito curiosa que na licitação anterior, eram de 36 meses e essa licitação atual foi para 30 meses. Isso me deixou com uma pulga atrás da orelha, pelo motivo de não colocar o mesmo período de 36 meses. Para que se tenha uma ideia, a licitação de 36 meses, custou R$ 76 milhões e a licitação para 30 meses, custou mais de R$ 127 milhões, não dobrou mas chegou perto. Se dividir R$ 76 milhões por 36 meses, é equivalente a R$ 2,1 milhões e quando se divide R$ 127 milhões por 30 meses, o valor fica em torno de R$ 4,2 milhões, então o valor praticamente dobrou", afirmou.

Ainda segundo o presidente, caso esta licitação seja aprovada para que a empresa possa operar em Feira de Santana, os vereadores serão considerados como cúmplices.

"Nós somos vereadores eleitos pelo povo. Se isso passar da forma que está, nós seremos cúmplices, porque uma empresa que ganha uma licitação pelo dobro do preço, é uma empresa que chega aqui em Feira, troca o nome, troca a empresa, se não me falha a memória, estava em São Paulo e foram expulsos de lá e agora a Câmara Municipal fica omissa? Eu irei pessoalmente ao TCM, ao CGU e ainda, irei provocar o Ministério Público. Quando digo eu, digo a Câmara Municipal, porque não podemos ficar omissos a uma questão dessa de um orçamento que era R$ 2 milhões e agora passar para mais de R$ 4 milhões. O serviço diminuiu e acredito que deve ser feita uma CPI, porque isso é uma formação de quadrilha, além dos donos da empresa, tem funcionários da prefeitura envolvido nisso", concluiu.

O que diz a Sustentare

Sobre o pedido de instauração da “CPI do Lixo”, a Sustentare informou à Câmara Municipal que o pedido foi feito com informações equivocadas com relação ao contrato entre a prefeitura e a empresa e que é falsa a alegação de que a empresa foi “expulsa de São Paulo”.

Leia na íntegra:

 

À
CÂMARA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA (Ba)
A/C: Gabinete da Presidência
ASCOM – Assessoria de Comunicação

Prezados senhores,
Sobre a veiculação, em 05/08/2021, do discurso do Vereador e Presidente da Câmara, Fernando Torres, pedindo instauração da “CPI do Lixo”, utilizando informações equivocadas dos contratos entre a Prefeitura de Feira de Santana e a Sustentare Saneamento S.A., a empresa esclarece os fatos:

1. Os contratos dos anos 2014 e 2021, foram devidamente licitados e contratados. Em ambos certames a empresa vencedora foi a Sustentare Saneamento.
2. A comparação econômica entre os contratos de 2014 e 2021, não leva em consideração as variações dos preços dos insumos, mão-de-obra e equipamentos ocorridos nestes oito anos. Além disto, existem variações de quantitativos e serviços.
Desta forma, afirmamos que a comparação apresentada leva a conclusões equivocadas.
3. A alegação de que a empresa foi “expulsa de São Paulo” é categoricamente inverídica. A SUSTENTARE SANEAMENTO continua prestando serviços na cidade de São Paulo, entre outras cidades do país.
Na oportunidade, reconhecendo o importante papel da Câmara de Vereadores de Feira de Santana e em respeito ao Legislativo Municipal, a Sustentare Saneamento coloca-se à disposição, para quaisquer outros esclarecimentos que se façam necessários, sempre primando pela transparência e conformidade nos seus contratos.

SUSTENTARE SANEAMENTO

  

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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