Laiane Cruz
Permissionários do Shopping Popular Cidade das Compras compareceram à Câmara Municipal de Vereadores, na manhã desta quinta-feira (31), para mais uma vez solicitar apoio acerca das taxas cobradas pelo empreendimento e a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar possíveis irregularidades na administração do local.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a permissionária Jose de Oliveira, que possui um box no Shopping Popular há quase dois anos, onde comercializa calçados, relatou que os comerciantes esperam que haja uma investigação das contas do Shopping Popular, pois os condôminos não têm acesso à prestação de contas e consideram os valores cobrados abusivos diante da realidade do local.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
“A gente não tem acesso aos recibos, então fica aquela coisa a gente paga sem saber, além disso tem outras questões também. Precisa ser investigado, vamos dizer além dos valores, falta de movimento, é um dos critérios, porque agora mesmo no mês de maio já é para pagar o valor de R$ 600, só que a gente não tem esse movimento, então como vamos pagar esse aluguel?”, questionou a comerciante.
Ela informou que o movimento no shopping continua fraco, e tem dias que ela só consegue vender R$ 15, como tem dias que não vende nada.
“Passo três, quatro dias sem vender uma peça. Agora me diga como um camelô, que trabalhava no comércio, ganhava seu dinheiro todo dia, se sustenta disso, vai pagar um aluguel desse e ainda se sustentar.”
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Outro permissionário, conhecido no local como Toinho Natureza, afirmou que vende confecções e tem dias que o valor das vendas é insuficiente até para pagar a alimentação.
“Eu vendo roupa e acontece o seguinte: nós não vendemos nada praticamente e tem vários dias que você não vende o equivalente para comprar uma quentinha no restaurante popular, que é 2 reais. Vários dias que não vende nada, que só é colado, e acontece que a administração deveria cuidar da infraestrutura do local.”
Ele salientou que foram feitas muitas promessas para os vendedores que trabalhavam como ambulantes, de melhorias na infraestrutura do shopping, porém considera como falácias.
“Falaram muitas coisas, praticamente muitas falácias e que não estão acontecendo, como a casa lotérica, que iriam implantar, disseram que ali iria ser uma 25 de março, de lá de São Paulo, que seria de dia e de noite, que estaríamos funcionando, que nós teríamos um retorno. Mas continua fraquíssimo”, lamentou.
O permissionário Josué de Oliveira, que tem um box de variedades, confirmou que a situação no empreendimento está péssima.
“Ninguém vende nada, o movimento é fraco, o comércio parado, ninguém que descer, porque tem o movimento aqui em cima. Tem vezes que a pessoa não vende nada, tem três dias que eu não vendo um centavo. Se eu não levar o meu almoço, eu fico com fome, e o povo não quer descer. O transitório é pouca gente e agora lá é desligando luz, tirando mercadoria, lacrando box e não existe isso, lá está um caos. A CPI também, é o que estamos precisando, porque não tem ninguém para olhar por nós lá dentro.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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