Acorda Cidade
Proposta do Coletivo Sou Frida, movimento feminino com atividade em Feira de Santana, uma Procuradoria da Mulher poderá ser criada na Câmara Municipal. Na quarta (8), a ideia foi lançada na Tribuna Livre da Casa por Júlia Oliveira, integrante do Coletivo, e Thaís Fazzio, representante dos deputados Ângelo Almeida (estadual) e Lídice da Mata (federal), para falar sobre o tema. Lídice foi quem primeiro atuou pela proposta de implantação deste órgão no âmbito do Poder Legislativo. Na Assembleia, o seu correligionário do PSB é quem faz a defesa da ideia.
Segundo Júlia, o órgão tem como fundamento discutir e compreender a importância da participação feminina no espaço político. Através de cursos, palestra, seminários, congressos e exposições, proporciona a qualificação das mulheres para a sua inserção nas mais diversas áreas da vida pública, bem como fortalece-las na luta contra a violência e a discriminação. Trabalhando em conjunto com as instituições do poder público e organizações não governamentais, a Procuradoria deve ter à frente uma servidora municipal.
De caráter suprapartidário, a Procuradoria da Mulher deve abrir espaço para a participação dos campos ideológicos de direita e esquerda, defende Thaís Fazzio, que representou na Tribuna Livre os deputados Ângelo Almeida e Lídice da Mata. Ela diz que o lema é “unir para qualificar e buscar mais espaços, ferramenta para vereadoras e servidoras municipais juntar forças políticas”.
O papel desempenhado por este organismo legislativo vai muito além de receber denúncias de maus tratos contra a mulher, adverte a militante do movimento feminino. “Precisamos também chegar à presidência das casas legislativas, relatar projetos importantes, comandar comissões estratégicas, como a de Constituição e Justiça”, avanços, segundo ela, que se tornam mais próximos na medida em que a mulher seja melhor qualificada em sua atividade política.