Orisa Gomes
A Câmara Municipal de Feira de Santana vai investigar as declarações feitas pela vereadora Eremita Mota sobre a existência de “bate-volta” (o termo faz referência ao repasse para vereadores de dinheiro liberado para instituições irregulares) envolvendo edis. A informação foi dada pelo presidente da Casa, Justiniano França, em entrevista no Acorda Cidade, nesta quinta-feira (13).
Após uma comissão de vereadores confirmar ontem (12) que o Instituto Bambu, o qual recebeu título de utilidade pública através do projeto de lei de autoria de Edvaldo Lima, não está situado no endereço em que deveria. Eremita saiu em defesa do colega e insinuou que há outras situações do tipo na Câmara. “Se botar chocalho aqui ninguém vai dormir, porque vão aparecer tantas associações registradas, com título, recebendo subvenção, tendo bate-volta”, declarou.
Eremita disse ainda que na legislação passada aconteceu um episódio semelhante envolvendo o então vereador Everton Carneiro (Tom) e não resultou em nada.
Conforme Justiniano França, no momento em que há uma denúncia pública, como a feita por Eremita, a Câmara não pode deixar de apurar. Em relação ao título concedido ao Instituto Bambu, o presidente disse que vai colocar para apreciação da Casa e procurar saber, através da Assembleia Legislativa da Bahia, se tem utilidade pública a nível estadual e através da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia sobre o convênio assinado e publicado no Diário Oficial, liberando 500 mil reais para o instituto. O presidente não soube dizer se o dinheiro chegou a ser liberado para a entidade.