Acorda Cidade
Diante da possibilidade da criação da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assumiu pessoalmente nesta segunda-feira (12) articulação política para tentar blindar a gestão federal de uma investigação sobre os equívocos cometidos no combate à pandemia do coronavírus.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ao longo do dia, o presidente disparou ligações para senadores tanto de partidos de direita como de centro na tentativa de convencê-los a aumentar o escopo da comissão parlamentar, incluindo a investigação a estados e municípios.
Sem sucesso na ofensiva, e com o risco de não vingar tentativa de se criar uma CPI alternativa, o presidente começou a montar uma tropa de choque que defenda a gestão federal e faça um contraponto à oposição na comissão de inquérito.
Conforme assessores palacianos relataram ao jornal paulista, Bolsonaro já conta com o apoio do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP e um dos principais dirigentes do bloco do centrão, que aderiu no ano passado à base aliada.
Notícias Relacionadas
Política
Fernando de Fabinho deixa coordenação de transição de governo em Feira de Santana
Em conversa com a produção do Acorda Cidade, o atual prefeito, Colbert Martins, infomrmou que Fernando continua na equipe, porém não vai mais coordenar.
Bahia
Câmara dos Deputados aprova Projeto de Lei que reserva 30% das vagas em concursos públicos para grupos minoritários
Com a alteração do texto na Câmara, o projeto agora retorna ao Senado para nova apreciação.
Novembro Negro
Câmara celebra Dia da Consciência Negra com homenagens a Lourdes Santana, Zumbi e Lucas da Feira
Lourdes é presidente do Núcleo Cultural Educacional e Social Quilombola – Odungê e uma das principais lideranças do movimento negro em Feira de Santana.
Brasil
Veja quem é quem na lista dos indiciados pela PF por suposta tentativa de golpe de Estado
PF indiciou 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do estado democrático, golpe e organização criminosa.
O presidente também pretende emplacar na comissão parlamentar outros três nomes que têm defendido a tese da necessidade de se ampliar a investigação para estados e municípios: Eduardo Girão (Podemos-Ceará), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Soraya Thronicke (PSL-MS).
A escalação dos integrantes é importante porque, hoje, a tendência é de que o colegiado seja majoritariamente formado por nomes da oposição a Bolsonaro, como dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL).
O governo teme que a investigação sobre a condução do combate ao coronavírus pelo Executivo desgaste ainda mais o presidente, leve a uma queda de popularidade e até mesmo que ele possa responder por crimes.
Apesar de existir a possibilidade de que o STF (Supremo Tribunal Federal) permita na quarta-feira (14) que a CPI só inicie seus trabalhos quando o Senado voltar a realizar reuniões presenciais, a ordem de Bolsonaro é para que o governo se antecipe na estratégia de reação.
Fonte: Bahia.Ba
