Alguns servidores da Câmara Municipal foram trabalhar na manhã desta terça-feira (7) vestidos de preto, em protesto contra a redução dos salários e outros benefícios alcançados pelos trabalhadores da Casa Legislativa.
O servidor de carreira José Joaquim de Oliveira Neto, que é Presidente da Associação dos Servidores da Câmara Municipal de Feira de Santana (Asecamufs), informou em entrevista ao Acorda Cidade que a mobilização foi feita pelos próprios servidores através das redes sociais e não sofreu influência da entidade.
“Nós estamos de luto, na verdade, porque tivemos vários direitos retirados, como redução de salário, redução de gratificação, de titularidade, e também o não pagamento do ticket-alimentação. Por isso, nosso descontentamento. E temos servidores em início de carreira que estão em sérias dificuldades, justamente porque contavam com o ticket-alimentação, e pelo fato de não terem recebido, isso tem causado sérios problemas para essas pessoas. Isso foi uma coisa espontânea, não foi nada da diretoria da associação. Quem articulou foram os próprios servidores, que estão sendo prejudicados e se realinharam através das redes sociais para fazer esse protesto”, garantiu o presidente da Associação.
Ele afirmou que não sabe a quantidade de servidores que a Câmara Municipal possui atualmente, mas que um número expressivo de trabalhadores participou da manifestação, vestidos de preto. “No final da gestão passada ingressaram mais alguns, mas somos aproximadamente 50 servidores efetivos. Fui informado ontem à noite através das redes sociais e aqui estou.”
O servidor destacou ainda que os trabalhadores não estão insatisfeitos com a presidente da Câmara, a vereadora Eremita Mota, e sim com os cortes nos salários e benefícios.
“Nós não temos insatisfação com a presidente Eremita Mota, estamos insatisfeitos contra a retirada dos nossos direitos, contra a redução dos salários, a titularidade, que foi cortada, e o ticket-alimentação, que não foi pago esse mês. Não tem uma insatisfação contra pessoas, não personalizamos a questão”, disse José Joaquim de Oliveira.
No dia 31 de janeiro deste ano, Eremita Mota informou em entrevista ao Acorda Cidade que estava passando um ‘pente fino’ nos salários dos servidores da Câmara Municipal. De acordo com ela, há servidores efetivos que recebem supersalários, os quais variam de R$ 20 a 50 mil, e que diante disso está fazendo uma investigação sobre essa situação.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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