Em entrevista ao Acorda Cidade, ele contou que quatro homens encapuzados invadiram a residência dele, com o objetivo de buscar informações sobre um primo, suspeito de ter assassinado o policial militar no bairro da Rua Nova no último domingo (11).
“Eles invadiram a minha casa, querendo que eu falasse sobre o meu primo, mas eu não tenho a localização dele, nem onde está nesse momento. Me levaram para uma zona rural, porque receberam a informação que ele poderia estar lá, mas quando a gente chegou, não tinha ninguém. Não me agrediram, não me ameaçaram, mas em todo o trajeto eles ficavam me perguntando onde estava, mas eu não sei. Depois de tudo isso, me liberaram e me deixaram na minha própria casa. Fiquei com medo de morrer, porque eu não sabia do que se tratava naquele momento, todo mundo ficou apavorado, minha esposa, tinha duas crianças pequenas no momento, e agora eu continuo com medo, porque não sei o que pode acontecer depois”, relatou.
Marcelo Araújo prestou depoimento na 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, acompanhado pelo advogado Ubiratan Queiroz Duarte, que confirmou a versão da vítima.
“Marcelo é uma pessoa trabalhadora, uma pessoa inocente, inclusive, desses quatro rapazes que praticaram o sequestro contra Marcelo, um deles ainda informou que conhecia Marcelo, que ele é uma pessoa honesta e não teria nenhuma relação, que o objetivo mesmo, é encontrar o primo dele. Então esses homens pegaram Marcelo e seguiram até Oliveira dos Brejinhos, um sítio da vó de Marcelo, mas quando chegaram lá, não encontraram nada, trouxeram Marcelo de volta e deixaram em casa”, explicou.
Ainda de acordo com o advogado, a delegada solicitou da vítima, um retrato falado dos homens, mas foi impossível por conta das máscaras que estavam nos rostos.
“A delegada ainda conversou com Marcelo, saber se ele tinha condições de fazer um retrato falado, mas ele informou que não reconheceu ninguém, porque a todo momento, mandaram ele ficar com a cabeça baixa sem olhar para cima, estava escuro, eles estavam encapuzados, e nem sinal de tatuagem, não deu para identificar”, informou ao Acorda Cidade.
Segundo a delegada titular da 1ª DT, Ludmila Vilas Boas e Santos, o próximo passo, será colher informações com testemunhas e identificar câmeras de monitoramento na região.
“Logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (13), tivemos o conhecimento da ocorrência registrada e imediatamente foi lavrado e registrado o inquérito policial. As equipes foram a campo buscar maiores informações, e obtivemos a informação que ele se encontrava já trabalhando. A partir disso, intimamos ele e a companheira para comparecer na delegacia para prestarem depoimentos. Nós ouvimos eles, estamos em busca de testemunhas e imagens de câmeras no local do fato. Temos 30 dias para conclusão do procedimento policial, podendo inclusive serem realizadas outras diligências no sentido de identificar possíveis autores”, destacou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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