O vereador Ronaldo Almeida Caribé, mais conhecido como Ron do Povo, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi liberado na noite desta quarta-feira (27), após ser preso depois de tentar defender uma mulher grávida que estava sendo agredida, na noite de ontem (26), no bairro Conceição em Feira de Santana.
Como forma de defender a vítima, o vereador deu tiros para cima, mas segundo a polícia, ele não tem porte da arma de fogo utilizada no fato.
Segundo informações apuradas pela reportagem do Acorda Cidade, os dois homens envolvidos na confusão foram encaminhados à delegacia pela Polícia Militar e o suspeito de agredir a gestante foi preso em flagrante por lesão corporal, no âmbito da Lei Maria da Penha.
A equipe de assessoria de imprensa do vereador, chegou a publicar uma Nota de Esclarecimento em suas redes sociais na tarde desta quarta.
O advogado Rafael Esperidião, que fez a defesa do vereador, publicou uma foto em seu perfil nas redes sociais, ao lado de Ron, afirmando que o mesmo já estava liberado. “Liberdade reestabelecida! Justiça feita!!”
A reportagem do Acorda Cidade conversou com o advogado de defesa, Rafael Esperidião. Segundo ele, o vereador não passou por audiência de custódia, devido ao recesso forense.
“Conforme o compromisso da defesa do vereador Ron do Povo, viemos trazer aqui as informações que foi concedida a sua liberdade após o pedido da defesa parecer favorável do Ministério Público, a juíza plantonista concedeu a liberdade. Não foi possível o vereador passar por audiência de custódia, visto que estamos no recesso forense, e em Feira de Santana não tem plantão de audiência de custódia. Sendo assim, tudo isso foi feito de forma virtual pelo sistema do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Como já foi esclarecido desde ontem, o vereador, quando retornava para sua residência, ao visualizar uma moça caída ao solo e sendo agredida, ele para o seu veículo para poder pedir que o agressor sanasse com aquelas agressões. E mesmo assim, o agressor continua a agredir de forma brusca aquela mulher, e vale a pena frisar, grávida, a mulher gritava a todo momento para que as agressões parassem, pois ela está grávida, e mesmo assim as agressões continuaram, o vereador tenta intervir de forma verbal pedindo que o agressor parasse, e mesmo assim insistentemente ele continua”, explicou.
Ainda de acordo com o advogado ao Acorda Cidade, Ron do Povo efetuou um disparo com direção ao chão, como forma de cessar as agressões.
“O vereador efetua um disparo de advertência ao chão, é preciso dizer que o disparo foi ao chão e não em direção de qualquer pessoa que estava ali no local, e mesmo assim, o rapaz transtornado como o próprio relato da sua companheira, a vítima, diz que mesmo após o disparo, o rapaz parte em direção ao vereador. E somente após duas pessoas que estavam no local, que seriam garçons do estabelecimento da churrascaria, que eles estavam bebendo antes, o agressor e sua companheira, o segurarem é que ele não consegue agredir o vereador”, informou.
O advogado Rafael Esperidião também contou que o agressor tentou agredir os policiais militares no momento da abordagem.
“Logo após a chegada da Polícia Militar, a polícia também teve dificuldade para conter o agressor, conforme relato dos policiais na delegacia, inclusive relata que o agressor também partiu para cima da guarnição, sendo preciso exercer a força física de uma forma bem brusca e o uso de algemas para poder conter, e o relato dos policiais é que ele estava visivelmente alterado sob o efeito de álcool e com isso, após a contenção ali, foram direcionados todos para a delegacia para poder esclarecer os fatos. A vítima foi ouvida, trata inclusive o vereador como um herói ali naquele momento, que ela fala que se não fosse a chegada do vereador Ron naquele momento, ela não saberia o que aconteceria com ela ali, já que as agressões não paravam mesmo após diversos pedidos dela, e foi ouvido também o agressor, foi ouvido o vereador Ron, ficaram à disposição da justiça, como dito no início, todos os trâmites foram feitos e após a decisão foi expedido o alvará de soltura. O vereador está à disposição da delegada para poder esclarecer qualquer informação, a defesa entende que esse inquérito deve ser arquivado, visto que estamos diante de uma legítima defesa clássica, uma legítima defesa de terceiro, o vereador precisou intervir naquele momento para resguardar a integridade física de uma terceira pessoa”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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