Rachel Pinto
O vendedor de rações Mateus Bispo de Jesus, de 43 anos, que morava na Rua São Matheus, no bairro Novo Horizonte, em Feira de Santana, foi executado com vários tiros de pistola calibre 380, por volta do meio-dia desta quarta-feira (13). O crime ocorreu no mesmo bairro onde ele morava, em frente a um posto de combustíveis, na BR-116 Norte.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Matheus estava sentado ao lado de um reboque com vários sacos de rações, quando foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta, que efetuaram cerca de dez tiros, que atingiram sua cabeça. Uma guarnição da 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (66ª CIPM), Sertão 23, e uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) compareceram e preservaram o local do crime.
O delegado Alisson Carvalho, titular da 2ª Delegacia, efetuou o levantamento cadavérico juntamente com peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e policiais civis.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
De acordo com o delegado, após o crime, os assassinos seguiram a BR -116 Norte, sentido Serrinha, e nas investigações preliminares da polícia, descobriu-se que Matheus vinha sendo ameaçado há três meses, para que fechasse o seu estabelecimento comercial, que era um trailer que vendia lanches e bebidas alcoólicas.
“Ele foi obrigado a sair de sua residência, tendo permanecido um mês fora. Retornou para a sua casa há um mês e existe a possibilidade do crime ter ocorrido ainda das ameaças acontecidas lá atrás. Foram recolhidos os projéteis de arma de fogo e encaminhados para a perícia”, disse.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Alisson Carvalho relatou também que tudo indica que as ameaças de mortes sofridas por Matheus podem ter partido de algum membro envolvido com facção criminosa.
“Apesar de não estar confirmado ainda, mas ao que tudo indica, sim. Porque segundo as informações colhidas até este momento, não só ele, mas outros moradores do bairro teriam sido obrigados a sair das residências. Agora, a Delegacia de Homicídios vai diligenciar o local para buscar subsídios e tentar identificar quem eram as pessoas que estavam ameaçando-o e tentando obrigar que ele fechasse o bar. Certamente não era disputa comercial e ele foi obrigado a fechar, porque o local estava começando a ter pessoas envolvidas com o tráfico de drogas”, concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.